.
"Todo o amor do mundo pode ser dado a você, mas, se você decidir ser infeliz, permanecerá infeliz. E você pode ser feliz, imensamente feliz, por absolutamente nenhuma razão - porque a felicidade e a infelicidade são decisões suas.
Leva muito tempo para perceber que a felicidade e a infelicidade dependem de você, porque é muito confortável para o ego achar que os outros estão fazendo você infeliz. O ego insiste em dar condições impossíveis, e ele diz que primeiro essas condições precisam ser satisfeitas e somente então você poderá ser feliz. Ele pergunta como você pode ser feliz em um mundo tão feio, com pessoas tão feias, em uma situação tão feia.
Se você observar corretamente, rirá de si mesmo. É ridículo, simplesmente ridículo. O que você está fazendo é absurdo. Ninguém está nos forçando a fazer isso, mas insistimos em fazê-lo - e gritamos por socorro.
E você pode simplesmente sair disso; trata-se de seu próprio jogo - ficar infeliz e depois pedir simpatia e amor. Se você estiver feliz, o amor fluirá em sua direção... não há necessidade de pedi-lo.
Essa é uma das leis básicas. Exatamente como a água flui para baixo e o fogo flui para cima, o amor flui em direção à felicidade”.
OSHO
.
"O crescimento intelectual e moral não é menos indispensável que a melhora material. Saber é um viático; pensar é a primeira necessidade; a verdade é tão alimentar como o fermento. Uma razão jejuna de ciência e de sabedoria fenece. Lastimamos, como se fossem estômagos os espíritos que não comem. Se existe alguma coisa mais pungente que um corpo agonizante pela falta de pão, é uma alma que morre de fome de luz" (Victor-Marie Hugo) Seuls les idiots ne changent pas d'avis.
"Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender."
(Brigitte Bardot)
(Brigitte Bardot)
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Arte sem ética
.
Urubus são explorados como objetos em instalação na 29ª Bienal de SP
Três urubus são mantidos confinados na instalação de Nuno Ramos na Bienal de SP (Foto: ANDA)
Com abertura ao público prevista para sábado, dia 25 de setembro, a 29a Bienal de São Paulo apresentará, entre as suas instalações, três urubus confinados como parte de uma exposição. O mórbido viveiro (cujo nome mais apropriado seria “morteiro”) compõe a obra intitulada “Bandeira Branca”, de concepção de Nuno Ramos, paulista de 50 anos, considerado um dos mais respeitados artistas do país.
O espaço central do pavilhão foi cercado com telas de proteção pretas e equipado com cerca de 50 alto-falantes, sobre três túmulos gigantescos, que servem de “poleiro” aos urubus. De cada um deles, as caixas de som emitirão três músicas distintas (‘Carcará’, ‘Bandeira Branca’ e ‘Acalanto’), algumas vezes simultaneamente, outras isoladamente.
Sob a denominação “arte”, os urubus serão mantidos até dezembro neste ambiente. Durante esses meses, estarão sujeitos a grande estresse vindo não só do barulho interno produzido pela instalação, mas também do ruído externo gerado pelas milhares de pessoas que por lá circularão diariamente e pelos sons das demais instalações. Grande número delas emite algum tipo de ruído. As luzes artificiais e o forte cheiro de tinta proveniente das obras e paredes recém-pintadas contribuem para o mal-estar que se sente no local.
Aves ficarão confinadas de domingo a domingo até dezembro (Foto: ANDA)
O ambiente inóspito e artificial, a ausência da liberdade e a privação de luz solar ao serem confinadas como mais um objeto de arte em meio a tantos outros caracterizam o maior sofrimento dessas aves, que não tiveram chance alguma de escolha.
A ANDA conversou com Nuno Ramos, que, ao ser questionado sobre o limite da ética na arte, declarou que “o limite é a lei”. A autorização do Ibama para que as aves se mantivessem de domingo a domingo expostas como uma matéria inerte no pavilhão reforça a conclusão do artista. A lei não só autorizou a exploração, como colocou regras em seu uso. Um exemplo são os decibéis que o som dos alto-falantes poderá atingir. Concordando com este limite, Nuno se diz preocupado com o bem-estar dos animais e aberto a “ajustes” se necessário.
Tal instalação já foi reproduzida em Brasília em junho deste ano com os mesmos urubus. Nascidos em cativeiro, eles vivem no parque dos Falcões, aberto à visitação pública, em Sergipe, e são emprestados a Nuno a cada instalação. O artista se declara contra confinamento de animais nascidos livremente na natureza, por isso optou pelo uso daqueles que nunca conheceram a liberdade. Garantindo que as aves que expõe são bem tratadas, ele alega que possuem um tratador e veterinário exclusivos.
Burros em exposição de Nuno Ramos (Foto: Reprodução/AILA)
Nuno já explorou anteriormente animais em suas instalações. Em 2006, o Instituto Tomie Ohtake abrigou uma exposição do artista em que burros eram utilizados. Em 2008 outra exposição denominada “Monólogo para um Cachorro Morto” mostrava, em meio a outros objetos, um vídeo de um cão que encontrara morto após atropelamento em uma estrada.
O assessor de Nuno, Rômulo Fróes, interrogado sobre a ética na arte, argumentou que “a ética varia conforme o ponto de vista de cada um” e utilizou o exemplo dos zoológicos para ratificar a validade de uma exposição com animais, justificando que, em ambos, os animais não estão por vontade própria, embora legalmente autorizados ao confinamento. Ressalta que os animais estariam sendo mais bem tratados ali no que nas ruas, reiterando a ideia de que o aprisionamento não seria necessariamente crueldade.
Ignorando os motivos que levaram Nuno a submeter essas aves à sua “arte”, pois onde há exploração não é possível haver liberdade, nem mesmo de pensamento, colocamos aqui as questões do utilitarismo, da ética e da lei que acoberta e permite tais abusos.
Segundo a filósofa Sonia T. Felipe, em sua coluna na ANDA A ética e o urubu, “uma coisa é interagir com seres vivos de outras espécies; outra, intervir em suas vidas de modo tal que sejam impedidos de gozar o que seu espírito ou mente lhes propicia. Nesse caso, nossa interação deixa de ser ética, pois implica uma inter-ferência, essa forma negativa de intervir na vida alheia ferindo-a ou trazendo-lhe prejuízos em vez de benefícios, ferindo, em vez de defender. Não adianta alegar que o animal está sendo bem tratado, porque cada espécie animal só é bem tratada se não for privada da liberdade de buscar por si mesma os meios de que necessita para assegurar seu próprio bem a seu próprio modo. Isso vale para todas as interações humanas com todos os tipos de animais. Lutamos, no Brasil, para que nenhum circo volte a usar animais em suas apresentações. É preciso que nenhuma mostra de arte seja autorizada a fazer uso de animais para criar realidades absolutamente desnecessárias ao espírito dos animais.”
O ambientalista e coordenador do Movimento em Defesa dos Direitos dos Animais, Gabriel Bitencourt, afirma que, “embora os animais em questão sejam criados em cativeiro e estejam sob o amparo de técnicos, com autorização do Ibama, isso não significa que três animais em um ambiente imerso, ainda, em cheiro de tinta, envolvidos em ruídos, não estejam em ambiente desapropriado – para dizer o mínimo – com sua condição de vida. É mais uma expressão clara da forma utilitarista com que as pessoas veem e tratam os animais e explicita a fragilidade da legislação atual no que concerne aos direitos dos animais”.
Gabriel ainda complementa com uma pergunta: “se o artista está agindo de acordo com a legislação vigente, que lei é essa que permite o uso de animais com este propósito? Não podemos nos ater ao legalismo! Temos que protestar, buscar alterações na legislação brasileira para torná-la concernente com a natureza senciente dos animais e para com o respeito à sua dignidade.”
Espaços limitados e ilimitados do possivel
O artista multimídia, videomaker, performer, escritor e professor doutor em artes, Artur Matuck, que já expôs na Bienal de São Paulo, afirma que “se não defendermos a todo custo as instituições que tornam arte uma possibilidade, correremos o sério risco de gradualmente desinventarmos nossa própria liberdade. A questão se complexifica quando o pensamento busca refletir sobre a arte enquanto espaço de possibilidades ilimitado. A questão é saber se o ilimitado realmente pode ser concebido, se uma suposta ausência absoluta de qualquer restrição constitui-se realmente como espaço de liberdade. A questão que se coloca é a de saber se este espaço pode existir fora de linguagem? Ou da ética, da filosofia, do direito, da historia?”
A ANDA encaminhou um email solicitando declarações sobre a instalação de Nuno Ramos para os curadores da 29ª Bienal de São Paulo, mas até o momento não obteve resposta.
Assassinato e crueldade sob o manto da arte
.
No ano de 2007, o costa-riquenho Guillermo Vargas Habacuc, até então considerado um “artista”, mostrou-se na verdade um assassino ao expor, em uma galeria de seu país, um cachorro amarrado até que morresse lentamente de fome e sede. Uma agonia que durou dias e foi contemplada passivamente pelo público. O ato sórdido foi repetido na bienal de 2008 e gerou protestos mundialmente contra a crueldade explicita e consentida pelo público, curadores e entidades legais
Este cão foi morto em nome da arte por Guillermo Vargas Habacuc
Em fevereiro deste ano uma exposição intitulada ‘Porcos Tatuados’, do “artista” belga Wim Delvoye, provocou polêmica no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Nice, na França. Sete porcos empalhados e tatuados causaram indignação de entidades de defesa dos animais
Porcos tatuados (Foto: Valery Hache/AFP)
Estes são exemplos de abuso consentido pelas leis locais, que ignoram a ética, o respeito, a dignidade e o direito inerente à vida de todos os animais. Mostram que leis não necessariamente legitimam um ato abusivo. A reação contra a exploração e a favor de uma ética justa e igualitária entre todos os seres é o caminho para a evolução não só da cultura, mas da convivência entre seres humanos e as demais espécies. Lilian Garrafa
Se você também discorda, envie a mensagem abaixo para os organizadores, nos endereços:
amigosdabienal@fbsp.org.br
assessoria.imprensa@fbsp.org.br
bienalsp@fbsp.org.br
mkt@fbsp.org.br
Assunto:
Não irei à Bienal Senhores,
Repudio a utilização de animais, como ocorre na 29ª
Bienal de SP, e por isto não visitarei esta edição.
(seu nome)
.
Urubus são explorados como objetos em instalação na 29ª Bienal de SP
Três urubus são mantidos confinados na instalação de Nuno Ramos na Bienal de SP (Foto: ANDA)
Com abertura ao público prevista para sábado, dia 25 de setembro, a 29a Bienal de São Paulo apresentará, entre as suas instalações, três urubus confinados como parte de uma exposição. O mórbido viveiro (cujo nome mais apropriado seria “morteiro”) compõe a obra intitulada “Bandeira Branca”, de concepção de Nuno Ramos, paulista de 50 anos, considerado um dos mais respeitados artistas do país.
O espaço central do pavilhão foi cercado com telas de proteção pretas e equipado com cerca de 50 alto-falantes, sobre três túmulos gigantescos, que servem de “poleiro” aos urubus. De cada um deles, as caixas de som emitirão três músicas distintas (‘Carcará’, ‘Bandeira Branca’ e ‘Acalanto’), algumas vezes simultaneamente, outras isoladamente.
Sob a denominação “arte”, os urubus serão mantidos até dezembro neste ambiente. Durante esses meses, estarão sujeitos a grande estresse vindo não só do barulho interno produzido pela instalação, mas também do ruído externo gerado pelas milhares de pessoas que por lá circularão diariamente e pelos sons das demais instalações. Grande número delas emite algum tipo de ruído. As luzes artificiais e o forte cheiro de tinta proveniente das obras e paredes recém-pintadas contribuem para o mal-estar que se sente no local.
Aves ficarão confinadas de domingo a domingo até dezembro (Foto: ANDA)
O ambiente inóspito e artificial, a ausência da liberdade e a privação de luz solar ao serem confinadas como mais um objeto de arte em meio a tantos outros caracterizam o maior sofrimento dessas aves, que não tiveram chance alguma de escolha.
A ANDA conversou com Nuno Ramos, que, ao ser questionado sobre o limite da ética na arte, declarou que “o limite é a lei”. A autorização do Ibama para que as aves se mantivessem de domingo a domingo expostas como uma matéria inerte no pavilhão reforça a conclusão do artista. A lei não só autorizou a exploração, como colocou regras em seu uso. Um exemplo são os decibéis que o som dos alto-falantes poderá atingir. Concordando com este limite, Nuno se diz preocupado com o bem-estar dos animais e aberto a “ajustes” se necessário.
Tal instalação já foi reproduzida em Brasília em junho deste ano com os mesmos urubus. Nascidos em cativeiro, eles vivem no parque dos Falcões, aberto à visitação pública, em Sergipe, e são emprestados a Nuno a cada instalação. O artista se declara contra confinamento de animais nascidos livremente na natureza, por isso optou pelo uso daqueles que nunca conheceram a liberdade. Garantindo que as aves que expõe são bem tratadas, ele alega que possuem um tratador e veterinário exclusivos.
Burros em exposição de Nuno Ramos (Foto: Reprodução/AILA)
Nuno já explorou anteriormente animais em suas instalações. Em 2006, o Instituto Tomie Ohtake abrigou uma exposição do artista em que burros eram utilizados. Em 2008 outra exposição denominada “Monólogo para um Cachorro Morto” mostrava, em meio a outros objetos, um vídeo de um cão que encontrara morto após atropelamento em uma estrada.
O assessor de Nuno, Rômulo Fróes, interrogado sobre a ética na arte, argumentou que “a ética varia conforme o ponto de vista de cada um” e utilizou o exemplo dos zoológicos para ratificar a validade de uma exposição com animais, justificando que, em ambos, os animais não estão por vontade própria, embora legalmente autorizados ao confinamento. Ressalta que os animais estariam sendo mais bem tratados ali no que nas ruas, reiterando a ideia de que o aprisionamento não seria necessariamente crueldade.
Ignorando os motivos que levaram Nuno a submeter essas aves à sua “arte”, pois onde há exploração não é possível haver liberdade, nem mesmo de pensamento, colocamos aqui as questões do utilitarismo, da ética e da lei que acoberta e permite tais abusos.
Segundo a filósofa Sonia T. Felipe, em sua coluna na ANDA A ética e o urubu, “uma coisa é interagir com seres vivos de outras espécies; outra, intervir em suas vidas de modo tal que sejam impedidos de gozar o que seu espírito ou mente lhes propicia. Nesse caso, nossa interação deixa de ser ética, pois implica uma inter-ferência, essa forma negativa de intervir na vida alheia ferindo-a ou trazendo-lhe prejuízos em vez de benefícios, ferindo, em vez de defender. Não adianta alegar que o animal está sendo bem tratado, porque cada espécie animal só é bem tratada se não for privada da liberdade de buscar por si mesma os meios de que necessita para assegurar seu próprio bem a seu próprio modo. Isso vale para todas as interações humanas com todos os tipos de animais. Lutamos, no Brasil, para que nenhum circo volte a usar animais em suas apresentações. É preciso que nenhuma mostra de arte seja autorizada a fazer uso de animais para criar realidades absolutamente desnecessárias ao espírito dos animais.”
O ambientalista e coordenador do Movimento em Defesa dos Direitos dos Animais, Gabriel Bitencourt, afirma que, “embora os animais em questão sejam criados em cativeiro e estejam sob o amparo de técnicos, com autorização do Ibama, isso não significa que três animais em um ambiente imerso, ainda, em cheiro de tinta, envolvidos em ruídos, não estejam em ambiente desapropriado – para dizer o mínimo – com sua condição de vida. É mais uma expressão clara da forma utilitarista com que as pessoas veem e tratam os animais e explicita a fragilidade da legislação atual no que concerne aos direitos dos animais”.
Gabriel ainda complementa com uma pergunta: “se o artista está agindo de acordo com a legislação vigente, que lei é essa que permite o uso de animais com este propósito? Não podemos nos ater ao legalismo! Temos que protestar, buscar alterações na legislação brasileira para torná-la concernente com a natureza senciente dos animais e para com o respeito à sua dignidade.”
Espaços limitados e ilimitados do possivel
O artista multimídia, videomaker, performer, escritor e professor doutor em artes, Artur Matuck, que já expôs na Bienal de São Paulo, afirma que “se não defendermos a todo custo as instituições que tornam arte uma possibilidade, correremos o sério risco de gradualmente desinventarmos nossa própria liberdade. A questão se complexifica quando o pensamento busca refletir sobre a arte enquanto espaço de possibilidades ilimitado. A questão é saber se o ilimitado realmente pode ser concebido, se uma suposta ausência absoluta de qualquer restrição constitui-se realmente como espaço de liberdade. A questão que se coloca é a de saber se este espaço pode existir fora de linguagem? Ou da ética, da filosofia, do direito, da historia?”
A ANDA encaminhou um email solicitando declarações sobre a instalação de Nuno Ramos para os curadores da 29ª Bienal de São Paulo, mas até o momento não obteve resposta.
Assassinato e crueldade sob o manto da arte
.
No ano de 2007, o costa-riquenho Guillermo Vargas Habacuc, até então considerado um “artista”, mostrou-se na verdade um assassino ao expor, em uma galeria de seu país, um cachorro amarrado até que morresse lentamente de fome e sede. Uma agonia que durou dias e foi contemplada passivamente pelo público. O ato sórdido foi repetido na bienal de 2008 e gerou protestos mundialmente contra a crueldade explicita e consentida pelo público, curadores e entidades legais
Este cão foi morto em nome da arte por Guillermo Vargas Habacuc
Em fevereiro deste ano uma exposição intitulada ‘Porcos Tatuados’, do “artista” belga Wim Delvoye, provocou polêmica no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Nice, na França. Sete porcos empalhados e tatuados causaram indignação de entidades de defesa dos animais
Porcos tatuados (Foto: Valery Hache/AFP)
Estes são exemplos de abuso consentido pelas leis locais, que ignoram a ética, o respeito, a dignidade e o direito inerente à vida de todos os animais. Mostram que leis não necessariamente legitimam um ato abusivo. A reação contra a exploração e a favor de uma ética justa e igualitária entre todos os seres é o caminho para a evolução não só da cultura, mas da convivência entre seres humanos e as demais espécies. Lilian Garrafa
Se você também discorda, envie a mensagem abaixo para os organizadores, nos endereços:
amigosdabienal@fbsp.org.br
assessoria.imprensa@fbsp.org.br
bienalsp@fbsp.org.br
mkt@fbsp.org.br
Assunto:
Não irei à Bienal Senhores,
Repudio a utilização de animais, como ocorre na 29ª
Bienal de SP, e por isto não visitarei esta edição.
(seu nome)
.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
22/09 não esqueça... Dia mundial sem carro!
.
Todo dia 22 de setembro, milhões de pessoas ao redor do mundo comemoram o Dia Mundial Sem Carro. A mobilização é um exercício de reflexão sobre a dependência e o uso (muitas vezes) irracional dos automóveis em nossa sociedade. Afinal de contas, tem gente que não vai até a padaria da esquina sem usar o carro.
A idéia principal do dia é fazer com que as pessoas pensem um pouco sobre o estilo de vida que levam, sobre a possibilidade de diminuírem o uso do carro (em face do trânsito pesado enfrentado nas cidades), ou mesmo, se possível, em substituir o possante por outro meio de transporte. A Bicicletada, por exemplo, é um movimento internacional que prega o uso da bicicleta como o principal meio de transporte das pessoas.
.
Todo dia 22 de setembro, milhões de pessoas ao redor do mundo comemoram o Dia Mundial Sem Carro. A mobilização é um exercício de reflexão sobre a dependência e o uso (muitas vezes) irracional dos automóveis em nossa sociedade. Afinal de contas, tem gente que não vai até a padaria da esquina sem usar o carro.
A idéia principal do dia é fazer com que as pessoas pensem um pouco sobre o estilo de vida que levam, sobre a possibilidade de diminuírem o uso do carro (em face do trânsito pesado enfrentado nas cidades), ou mesmo, se possível, em substituir o possante por outro meio de transporte. A Bicicletada, por exemplo, é um movimento internacional que prega o uso da bicicleta como o principal meio de transporte das pessoas.
.
Thich Nhat Hanh
.
Eu tenho um poema para você. Este poema é sobre três pessoas. A primeira é uma menina de doze anos, uma entre os boat people cruzando o Golfo do Sião. Ela foi estuprada por um pirata e se jogou no mar. A segunda pessoa é o pirata, que nasceu em uma aldeia distante da Tailândia. E a terceira pessoa sou eu. Eu estava muito irritado, mas não pude tomar partido contra o pirata. Se pudesse teria sido mais fácil, mas não pude. Percebi que se eu tivesse nascido nesta aldeia e tivesse vivido uma vida similar – do ponto de vista econômico, educacional, etc. – é quase certo que seria hoje aquele pirata. Portanto, não é fácil tomar partido. A partir do meu sofrimento, escrevi esse poema. É chamado "Por favor, chame-me pelos meus verdadeiros nomes", por que eu tenho muitos nomes e quando você me chamar por qualquer um deles, terei que dizer “sim”.
Não diga que partirei amanhã,
pois hoje mesmo estarei chegando.
Olhe profundamente: eu chego em cada segundo
para ser um botão de rosa num galho da primavera,
para ser um passarinho, com as asinhas ainda frágeis,
aprendendo a cantar em meu novo ninho,
para ser uma lagarta no coração da flor,
para ser uma jóia se escondendo em uma pedra.
Estou chegando para poder rir e chorar,
para temer e ter esperança.
O ritmo do meu coração é o nascimento e a
morte de tudo o que é vivo.
Sou a efemérida metamorfoseando-se
na superfície do rio,
e sou o pássaro que, quando chega a primavera,
vem a tempo de comer a efemérida.
Sou a rã nadando alegremente no lago límpido,
e também sou a serpente que,
aproximando-se em silêncio,
se alimenta da rã.
Eu sou a criança em Uganda, só pele e osso,
com minhas pernas finas como varas de bambu,
e sou o vendedor de armas,
vendendo armas letais para Uganda.
Sou a garota de doze anos,
refugiada num pequeno barco,
que se joga ao mar depois
de ser estuprada por um pirata,
e sou o pirata,
com meu coração ainda incapaz de ver e amar.
Sou um membro do Politburo,
com enorme poder em minhas mãos,
e sou o homem que tem que pagar
sua "dívida de sangue" ao meu povo,
morrendo lentamente em campo de trabalhos forçados.
Minha alegria é como a primavera,
cujo calor faz as flores brotarem
em todos os jardins da vida.
Minha dor é como um rio de lágrimas
que, de tão cheio, enche os quatro oceanos.
Por favor, chama-me pelos meu nomes verdadeiros,
para que eu possa ouvir
todo o choro e todo o riso de uma vez,
para que eu possa ver
que minha alegria e minha tristeza são uma só.
Por favor, chama-me pelos meus nomes verdadeiros,
para que eu possa despertar
e, assim, deixar a porta do meu coração aberto,
a porta da compaixão.
Ainda tenho o assunto deste poema em minha mente. “Onde está o seu inimigo?”. Pergunto a mim mesmo todo o tempo. Nossa terra, nossa verde e linda terra, está em perigo e todos nós sabemos disso. Não estamos lidando com um pirata, mas lidando com a destruição da terra onde nosso pequeno barco estava. E ela vai se perder se não tivermos cuidado. Nós pensamos que o inimigo é o outro e por isso nunca podemos vê-lo. Todos precisam de um inimigo para sobreviver. A Rússia precisa de um inimigo. Os Estados Unidos precisam de um inimigo. A China precisa de um inimigo. O Vietnã precisa de um inimigo. Todos precisam de um inimigo. Sem um inimigo não podemos sobreviver. Para viver, as pessoas e os governos precisam de inimigos. Eles querem que tenhamos medo, ódio, para podermos cerrar fileira atrás deles. E se eles não tiverem um inimigo real, inventam um para nos mobilizar. Hoje em dia, muitas pessoas dos Estados Unidos já foram à Rússia e descobriram que os Russos são boas pessoas e existem cidadãos russos que vieram aos Estados Unidos e, quando retornam, relatam que os americanos são boa gente. Isso, apesar de décadas ambos os lados dizendo o quão maus são as pessoas do outro lado.
Um amigo do movimento pela paz me disse: “Cada vez que vejo o presidente na televisão, eu não suporto; eu tenho que desligar a TV. Senão eu fico pálido”. Ele acredita que a situação do mundo está nas mãos do governo e que só quando o presidente mudar sua política, teremos paz. Eu disse a ele que isso não é inteiramente correto. O “presidente” está em cada um de nós. Nós sempre servimos ao nosso governo. No Budismo falamos de originação interdependente. “Isto é por que aquilo é. Isto não é por que aquilo não é”. Nossa vida cotidiana não tem nada a ver com nosso governo? Por favor, medite sobre essa questão. Parecemos acreditar que nossa vida cotidiana não tem nada a ver com a situação do mundo. Mas se não mudarmos nossas vidas, não poderemos mudar o mundo.
No Japão, muito tempo atrás, as pessoas levavam três horas para tomar uma xícara de chá. Você pode pensar que é uma perda de tempo, porque tempo é dinheiro. Mas duas pessoas passando três horas tomando chá juntas, tem muito a ver com a paz. Os dois homens, ou duas mulheres, não falavam muito. Trocavam apenas uma palavra ou outra, mas eles estavam realmente lá, aproveitando o tempo e o chá. Eles estavam realmente conscientes da presença um do outro.
Hoje em dia, permitimo-nos apenas alguns minutos para o chá ou café. Vamos a um bar, pedimos uma xícara de café ou chá, ouvimos música e outros ruídos altos, pensamos sobre os assuntos que iremos resolver depois. Nesta situação, o chá não existe. Somos violentos em relação ao chá. Não o reconhecemos como um a entidade viva – e isto está diretamente relacionado com o porquê de nossa situação estar desse jeito. Quando abrimos o jornal de domingo, devíamos saber que para imprimir aquela edição, que às vezes pesa 10 ou 12 libras, eles tiveram que derrubar uma floresta inteira. Estamos destruindo a terra sem saber.
Beber uma xícara de chá, abrir o jornal, usar o papel higiênico, tudo isso tem a ver com a paz. Não violência pode ser chamada de “plena consciência”. Temos que ser conscientes do que somos, de quem somos e do que estamos fazendo. Quando me tornei noviço em um monastério budista, foi me ensinado a ser plenamente consciente de cada ato durante todo o dia. Desde então, tenho praticado a plena consciência e a concentração. Eu costumava pensar que praticar daquele jeito era importante só para os iniciantes, que os mais avançados faziam outras coisas – mas agora sei que praticar a plena consciência é para todos, incluindo o abade. O objetivo da meditação budista é o olhar para a nossa própria natureza e se tornar um Buda. Isso só poderá ser feito através da plena consciência. Se você não estiver consciente do que está acontecendo em si mesmo e no mundo, como você poderá ver sua própria natureza e se tornar um Buda?
A palavra Buda vem da raiz Buddh, que significa “despertar”. Um Buda é alguém que despertou. Estamos realmente acordados em nossa vida diária? Essa é uma questão à qual convido vocês a pensar. Estamos despertos quando tomamos chá? Estamos acordados quando abrimos o jornal? Estamos despertos quando tomamos sorvete?
A sociedade torna difícil o despertar. Sabemos que 40.000 crianças no Terceiro Mundo morrem todos os dias de fome, mas continuamos a nos esquecer. Este tipo de sociedade no qual vivemos nos faz perder a memória. E, por isso, precisamos de exercícios de plena consciência. Por exemplo, conheço um grupo de budistas que param de comer alguns dias na semana para se lembrar da situação do Terceiro Mundo.
Um dia, eu perguntei a um garoto vietnamita, refugiado, que estava comendo uma tigela de arroz, se as crianças de seu país comiam arroz de tão boa qualidade. Ele disse “Não”, porque ele conhece a situação. Ele experimentou a fome no Vietnã – ele comia apenas batatas secas e dificilmente comia uma tigela de arroz. Na França, ele tem comido arroz há um ano e, às vezes, começa a esquecer. Mas quando pergunto a ele, ele se lembra. Não posso perguntar o mesmo para uma criança americana ou francesa, por que elas não tiveram esse tipo de experiência. Elas não vão entender. Eu percebo agora como é difícil para as pessoas que vivem no ocidente saber qual a verdadeira situação do Terceiro Mundo. Parece que não tem nada a ver com a situação aqui. Eu disse ao garoto vietnamita que esse arroz vem da Tailândia e que a maioria das crianças tailandesas não tem esse arroz para comer. Eles comem arroz de pior qualidade, por que o melhor é para exportação. O governo deles precisa de divisas externas e então reservam o melhor arroz para os ocidentais, não para eles mesmos.
No Vietnã temos uma banana deliciosa due duja, mas agora crianças e adultos não têm mais o direito de comê-las, por que é somente para exportação. E o que recebemos em troca? Armas. Alguns de nós praticamos este exercício de plena consciência: adotamos uma criança no Terceiro Mundo para saber notícias através delas, dessa maneira mantemos contato com a realidade externa. Tentamos de várias maneiras nos manter acordados para as coisas, mas a sociedade nos mantém esquecidos. É muito difícil praticar a plena consciência nesta sociedade.
Existem maneiras de nutrirmos a plena consciência, gozarmos do silêncio, apreciar o mundo. Havia um menino de treze anos da Holanda que veio para o nosso centro e almoçou conosco em silêncio. Foi a primeira vez que ele comeu uma refeição em silêncio e ele estava se sentindo estranho. O silêncio era muito pesado. Depois da refeição perguntei-lhe se ele se sentia mal e ele respondeu “Sim”. Então eu expliquei para ele que a razão pela qual comíamos em silêncio era para apreciarmos a comida e a presença uns dos outros. Se conversarmos demais não conseguiremos apreciar essas coisas. Perguntei-lhe se alguma vez ele já desligou a TV para melhor apreciar a janta ou a conversa com os amigos e ele disse “Sim”. Então o convidei a se juntar a nós em outra refeição e ele comeu junto em silêncio e conseguiu apreciar bastante.
Perdemos o nosso gosto pelo silêncio. Cada vez que temos alguns minutos, pegamos um livro para ler ou telefonamos ou ligamos a TV. Não sabemos como ser nós mesmos sem algo que nos acompanhe. Perdemos nosso gosto em estarmos sozinhos. A sociedade retira de nós muitas coisas e nos destrói com barulhos, aromas e tantas distrações. A primeira coisa a fazer é retornar-mos a nós mesmos, para nos redescobrirmos e sermos melhores. Isto é muito importante. Precisamos organizar nossa vida cotidiana de maneira a não permitir que a sociedade nos colonize. Temos que ser independentes. Temos que ser pessoas reais e não apenas vítimas da sociedade ou dos outros.
Os boat people diziam que toda a vez que o pequeno barco deles era apanhado por uma tempestade eles sabiam que suas vidas estavam em perigo. Mas se uma pessoa no barco mantivesse a calma e não entrasse em pânico, isso era de grande ajuda para todos. As pessoas a ouviam e se mantinham serenas e havia mais chance de sobreviver ao perigo. Nosso planeta Terra é como um pequeno barco. Comparado com o resto do cosmo é apenas um pequeno barco e está em risco de naufragar. Precisamos de alguém para nos inspirar calma e confiança, para nos dizer o que fazer. Quem é esta pessoa? Os sutras budistas mahayana nos dizem que essa pessoa é você. Somente com alguém assim – calmo, lúcido, desperto – nossa situação poderá melhorar. Desejo a você boa sorte. Por favor, seja você mesmo, por favor, seja essa pessoa.
Please call me by my true names. The Path of Compassion.
Writings on Socially Engaged Buddhism, Parallax Press.
Cada tigela que lavo, cada poema que escrevo, cada vez que convido um sino a tocar é um milagre, e cada um tem exatamente o mesmo valor. Certo dia, quando eu lavava uma tigela, senti que meus movimentos eram tão sagrados e respeitosos como se estivesse banhando um Buda recém-nascido. Se esse Buda recém-nascido lesse essas palavras, certamente ficaria feliz por mim e nem um pouco insultado por ter sido comparado com uma tigela.
Cada pensamento, cada ação debaixo da luz da consciência torna-se sagrada. Nessa luz não existem fronteiras entre o sagrado e o profano. Devo confessar que levo um pouco mais de tempo para lavar louça, mas vivo plenamente cada momento e sinto-me feliz. Lavar a louça é ao mesmo tempo um meio e um fim – ou seja, não apenas lavamos a louça para termos pratos limpos, como também lavamos a louça apenas para lavar louça, para viver plenamente cada momento enquanto a lavamos.
O Buda numa tijela - Thich Nhat Hanh
.
Eu tenho um poema para você. Este poema é sobre três pessoas. A primeira é uma menina de doze anos, uma entre os boat people cruzando o Golfo do Sião. Ela foi estuprada por um pirata e se jogou no mar. A segunda pessoa é o pirata, que nasceu em uma aldeia distante da Tailândia. E a terceira pessoa sou eu. Eu estava muito irritado, mas não pude tomar partido contra o pirata. Se pudesse teria sido mais fácil, mas não pude. Percebi que se eu tivesse nascido nesta aldeia e tivesse vivido uma vida similar – do ponto de vista econômico, educacional, etc. – é quase certo que seria hoje aquele pirata. Portanto, não é fácil tomar partido. A partir do meu sofrimento, escrevi esse poema. É chamado "Por favor, chame-me pelos meus verdadeiros nomes", por que eu tenho muitos nomes e quando você me chamar por qualquer um deles, terei que dizer “sim”.
Não diga que partirei amanhã,
pois hoje mesmo estarei chegando.
Olhe profundamente: eu chego em cada segundo
para ser um botão de rosa num galho da primavera,
para ser um passarinho, com as asinhas ainda frágeis,
aprendendo a cantar em meu novo ninho,
para ser uma lagarta no coração da flor,
para ser uma jóia se escondendo em uma pedra.
Estou chegando para poder rir e chorar,
para temer e ter esperança.
O ritmo do meu coração é o nascimento e a
morte de tudo o que é vivo.
Sou a efemérida metamorfoseando-se
na superfície do rio,
e sou o pássaro que, quando chega a primavera,
vem a tempo de comer a efemérida.
Sou a rã nadando alegremente no lago límpido,
e também sou a serpente que,
aproximando-se em silêncio,
se alimenta da rã.
Eu sou a criança em Uganda, só pele e osso,
com minhas pernas finas como varas de bambu,
e sou o vendedor de armas,
vendendo armas letais para Uganda.
Sou a garota de doze anos,
refugiada num pequeno barco,
que se joga ao mar depois
de ser estuprada por um pirata,
e sou o pirata,
com meu coração ainda incapaz de ver e amar.
Sou um membro do Politburo,
com enorme poder em minhas mãos,
e sou o homem que tem que pagar
sua "dívida de sangue" ao meu povo,
morrendo lentamente em campo de trabalhos forçados.
Minha alegria é como a primavera,
cujo calor faz as flores brotarem
em todos os jardins da vida.
Minha dor é como um rio de lágrimas
que, de tão cheio, enche os quatro oceanos.
Por favor, chama-me pelos meu nomes verdadeiros,
para que eu possa ouvir
todo o choro e todo o riso de uma vez,
para que eu possa ver
que minha alegria e minha tristeza são uma só.
Por favor, chama-me pelos meus nomes verdadeiros,
para que eu possa despertar
e, assim, deixar a porta do meu coração aberto,
a porta da compaixão.
Ainda tenho o assunto deste poema em minha mente. “Onde está o seu inimigo?”. Pergunto a mim mesmo todo o tempo. Nossa terra, nossa verde e linda terra, está em perigo e todos nós sabemos disso. Não estamos lidando com um pirata, mas lidando com a destruição da terra onde nosso pequeno barco estava. E ela vai se perder se não tivermos cuidado. Nós pensamos que o inimigo é o outro e por isso nunca podemos vê-lo. Todos precisam de um inimigo para sobreviver. A Rússia precisa de um inimigo. Os Estados Unidos precisam de um inimigo. A China precisa de um inimigo. O Vietnã precisa de um inimigo. Todos precisam de um inimigo. Sem um inimigo não podemos sobreviver. Para viver, as pessoas e os governos precisam de inimigos. Eles querem que tenhamos medo, ódio, para podermos cerrar fileira atrás deles. E se eles não tiverem um inimigo real, inventam um para nos mobilizar. Hoje em dia, muitas pessoas dos Estados Unidos já foram à Rússia e descobriram que os Russos são boas pessoas e existem cidadãos russos que vieram aos Estados Unidos e, quando retornam, relatam que os americanos são boa gente. Isso, apesar de décadas ambos os lados dizendo o quão maus são as pessoas do outro lado.
Um amigo do movimento pela paz me disse: “Cada vez que vejo o presidente na televisão, eu não suporto; eu tenho que desligar a TV. Senão eu fico pálido”. Ele acredita que a situação do mundo está nas mãos do governo e que só quando o presidente mudar sua política, teremos paz. Eu disse a ele que isso não é inteiramente correto. O “presidente” está em cada um de nós. Nós sempre servimos ao nosso governo. No Budismo falamos de originação interdependente. “Isto é por que aquilo é. Isto não é por que aquilo não é”. Nossa vida cotidiana não tem nada a ver com nosso governo? Por favor, medite sobre essa questão. Parecemos acreditar que nossa vida cotidiana não tem nada a ver com a situação do mundo. Mas se não mudarmos nossas vidas, não poderemos mudar o mundo.
No Japão, muito tempo atrás, as pessoas levavam três horas para tomar uma xícara de chá. Você pode pensar que é uma perda de tempo, porque tempo é dinheiro. Mas duas pessoas passando três horas tomando chá juntas, tem muito a ver com a paz. Os dois homens, ou duas mulheres, não falavam muito. Trocavam apenas uma palavra ou outra, mas eles estavam realmente lá, aproveitando o tempo e o chá. Eles estavam realmente conscientes da presença um do outro.
Hoje em dia, permitimo-nos apenas alguns minutos para o chá ou café. Vamos a um bar, pedimos uma xícara de café ou chá, ouvimos música e outros ruídos altos, pensamos sobre os assuntos que iremos resolver depois. Nesta situação, o chá não existe. Somos violentos em relação ao chá. Não o reconhecemos como um a entidade viva – e isto está diretamente relacionado com o porquê de nossa situação estar desse jeito. Quando abrimos o jornal de domingo, devíamos saber que para imprimir aquela edição, que às vezes pesa 10 ou 12 libras, eles tiveram que derrubar uma floresta inteira. Estamos destruindo a terra sem saber.
Beber uma xícara de chá, abrir o jornal, usar o papel higiênico, tudo isso tem a ver com a paz. Não violência pode ser chamada de “plena consciência”. Temos que ser conscientes do que somos, de quem somos e do que estamos fazendo. Quando me tornei noviço em um monastério budista, foi me ensinado a ser plenamente consciente de cada ato durante todo o dia. Desde então, tenho praticado a plena consciência e a concentração. Eu costumava pensar que praticar daquele jeito era importante só para os iniciantes, que os mais avançados faziam outras coisas – mas agora sei que praticar a plena consciência é para todos, incluindo o abade. O objetivo da meditação budista é o olhar para a nossa própria natureza e se tornar um Buda. Isso só poderá ser feito através da plena consciência. Se você não estiver consciente do que está acontecendo em si mesmo e no mundo, como você poderá ver sua própria natureza e se tornar um Buda?
A palavra Buda vem da raiz Buddh, que significa “despertar”. Um Buda é alguém que despertou. Estamos realmente acordados em nossa vida diária? Essa é uma questão à qual convido vocês a pensar. Estamos despertos quando tomamos chá? Estamos acordados quando abrimos o jornal? Estamos despertos quando tomamos sorvete?
A sociedade torna difícil o despertar. Sabemos que 40.000 crianças no Terceiro Mundo morrem todos os dias de fome, mas continuamos a nos esquecer. Este tipo de sociedade no qual vivemos nos faz perder a memória. E, por isso, precisamos de exercícios de plena consciência. Por exemplo, conheço um grupo de budistas que param de comer alguns dias na semana para se lembrar da situação do Terceiro Mundo.
Um dia, eu perguntei a um garoto vietnamita, refugiado, que estava comendo uma tigela de arroz, se as crianças de seu país comiam arroz de tão boa qualidade. Ele disse “Não”, porque ele conhece a situação. Ele experimentou a fome no Vietnã – ele comia apenas batatas secas e dificilmente comia uma tigela de arroz. Na França, ele tem comido arroz há um ano e, às vezes, começa a esquecer. Mas quando pergunto a ele, ele se lembra. Não posso perguntar o mesmo para uma criança americana ou francesa, por que elas não tiveram esse tipo de experiência. Elas não vão entender. Eu percebo agora como é difícil para as pessoas que vivem no ocidente saber qual a verdadeira situação do Terceiro Mundo. Parece que não tem nada a ver com a situação aqui. Eu disse ao garoto vietnamita que esse arroz vem da Tailândia e que a maioria das crianças tailandesas não tem esse arroz para comer. Eles comem arroz de pior qualidade, por que o melhor é para exportação. O governo deles precisa de divisas externas e então reservam o melhor arroz para os ocidentais, não para eles mesmos.
No Vietnã temos uma banana deliciosa due duja, mas agora crianças e adultos não têm mais o direito de comê-las, por que é somente para exportação. E o que recebemos em troca? Armas. Alguns de nós praticamos este exercício de plena consciência: adotamos uma criança no Terceiro Mundo para saber notícias através delas, dessa maneira mantemos contato com a realidade externa. Tentamos de várias maneiras nos manter acordados para as coisas, mas a sociedade nos mantém esquecidos. É muito difícil praticar a plena consciência nesta sociedade.
Existem maneiras de nutrirmos a plena consciência, gozarmos do silêncio, apreciar o mundo. Havia um menino de treze anos da Holanda que veio para o nosso centro e almoçou conosco em silêncio. Foi a primeira vez que ele comeu uma refeição em silêncio e ele estava se sentindo estranho. O silêncio era muito pesado. Depois da refeição perguntei-lhe se ele se sentia mal e ele respondeu “Sim”. Então eu expliquei para ele que a razão pela qual comíamos em silêncio era para apreciarmos a comida e a presença uns dos outros. Se conversarmos demais não conseguiremos apreciar essas coisas. Perguntei-lhe se alguma vez ele já desligou a TV para melhor apreciar a janta ou a conversa com os amigos e ele disse “Sim”. Então o convidei a se juntar a nós em outra refeição e ele comeu junto em silêncio e conseguiu apreciar bastante.
Perdemos o nosso gosto pelo silêncio. Cada vez que temos alguns minutos, pegamos um livro para ler ou telefonamos ou ligamos a TV. Não sabemos como ser nós mesmos sem algo que nos acompanhe. Perdemos nosso gosto em estarmos sozinhos. A sociedade retira de nós muitas coisas e nos destrói com barulhos, aromas e tantas distrações. A primeira coisa a fazer é retornar-mos a nós mesmos, para nos redescobrirmos e sermos melhores. Isto é muito importante. Precisamos organizar nossa vida cotidiana de maneira a não permitir que a sociedade nos colonize. Temos que ser independentes. Temos que ser pessoas reais e não apenas vítimas da sociedade ou dos outros.
Os boat people diziam que toda a vez que o pequeno barco deles era apanhado por uma tempestade eles sabiam que suas vidas estavam em perigo. Mas se uma pessoa no barco mantivesse a calma e não entrasse em pânico, isso era de grande ajuda para todos. As pessoas a ouviam e se mantinham serenas e havia mais chance de sobreviver ao perigo. Nosso planeta Terra é como um pequeno barco. Comparado com o resto do cosmo é apenas um pequeno barco e está em risco de naufragar. Precisamos de alguém para nos inspirar calma e confiança, para nos dizer o que fazer. Quem é esta pessoa? Os sutras budistas mahayana nos dizem que essa pessoa é você. Somente com alguém assim – calmo, lúcido, desperto – nossa situação poderá melhorar. Desejo a você boa sorte. Por favor, seja você mesmo, por favor, seja essa pessoa.
Please call me by my true names. The Path of Compassion.
Writings on Socially Engaged Buddhism, Parallax Press.
Cada tigela que lavo, cada poema que escrevo, cada vez que convido um sino a tocar é um milagre, e cada um tem exatamente o mesmo valor. Certo dia, quando eu lavava uma tigela, senti que meus movimentos eram tão sagrados e respeitosos como se estivesse banhando um Buda recém-nascido. Se esse Buda recém-nascido lesse essas palavras, certamente ficaria feliz por mim e nem um pouco insultado por ter sido comparado com uma tigela.
Cada pensamento, cada ação debaixo da luz da consciência torna-se sagrada. Nessa luz não existem fronteiras entre o sagrado e o profano. Devo confessar que levo um pouco mais de tempo para lavar louça, mas vivo plenamente cada momento e sinto-me feliz. Lavar a louça é ao mesmo tempo um meio e um fim – ou seja, não apenas lavamos a louça para termos pratos limpos, como também lavamos a louça apenas para lavar louça, para viver plenamente cada momento enquanto a lavamos.
O Buda numa tijela - Thich Nhat Hanh
.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
“Você não encontra paz evitando a vida.”
.
“Como mulher eu não possuo país. Como mulher, meu país é o mundo todo.”
“Depender de uma profissão é uma forma menos odiosa de escravidão do que depender de um pai.”
“O sol ainda não nascera.O mar se distinguia do céu, exceto por estar um pouco encrespado, como um tecido que se enrugasse.”
“As histórias que perseguem as pessoas até seus quartos de dormir são difíceis.”
“As mulheres, durante séculos, serviram de espelho aos homens por possuírem o poder mágico e delicioso de refletirem uma imagem do homem duas vezes maior que o natural.”
“Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial.”
“É muito mais fácil matar um fantasma do que matar uma realidade.”
“Uma paixão tão completamente centrada em si recusa o resto do mundo tal como a água límpida e calma filtra todas as matérias estranhas.”
“Não se acha a paz evitando a vida.”
“Pensei o quanto desconfortável é ser trancado do lado de fora; e pensei o quanto é pior, talvez, ser trancado no lado de dentro.”
“Se você não contar a verdade sobre si mesmo, não pode contar a verdade sobre as outras pessoas.”
“A vida é como um sonho; é o acordar que nos mata.”
“Cada um tem o seu passado fechado em si, tal como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título.”
“A coisa nenhuma deveria ser dado um nome, pois há perigo de que esse nome a transforme.”
“É fácil dizer-se que não é um grande livro. Mas que qualidade lhe faltará? Talvez a de nada acrescentar à nossa visão de vida.”
“Estas são as mudanças da alma. Eu não acredito em envelhecimento. Eu acredito em alterar para sempre o aspecto de alguém para a luz. Eis meu otimismo.”
“A verdade é que eu sempre gosto das mulheres. Gosto da falta de convencionalismo delas. Gosto da integridade delas. Gosto do anonimato delas.”
“Os olhos dos outros são prisões; seus pensamentos nossas celas”.
“O efeito da morte sobre aqueles que continuam vivos é sempre estranho, e muitas vezes terrível, pela destruição de desejos inocentes.”
“Que a mim, pois seja dado saborear o momento, antes que ele se propague pelo restante do mundo!”
“Encarar a vida pela frente… Sempre… Encarar a vida pela frente, e vê-la como ela é… Por fim, entendê-la e amá-la pelo que ela é… E depois deixá-la seguir… Sempre os anos entre nós, sempre os anos… Sempre o amor… Sempre a razão… Sempre o tempo… Sempre… As horas.”
“Mrs. Dalloway, Mrs. Dalloway, sempre dando festas para encobrir o silêncio!”
“Esta alma, ou vida dentro de nós, sem opção concorda com a vida exterior. Se alguém tiver a coragem de perguntá-la o que pensa, ela está sempre dizendo exatamente o oposto do que as outras pessoas dizem.”
“Algumas pessoas procuram os padres; outras a poesia; eu os meus amigos.”
“Vou até a prateleira. Se escolho, leio meio página de qualquer coisa. Não preciso falar. Mas escuto. Estou maravilhosamente alerta. Certamente não se pode ler sem esforço esse poema. Muitas vezes a página está decomposta e manchada de lama, rasgada e grudada por folhas fanadas, fragmentos de verbena ou gerânio. Para ler esse poema é preciso ter miríades de olhos, como um daqueles faróis que giram sobre as águas agitadas do Atlântico à meia-noite, quando talvez somente uma réstia de algas marinhas fende a superfície, ou subitamente as ondas se escancaram e delas emerge algum monstro. É preciso pôr de lado antipatias e ciúmes, e não interromper. É preciso ter paciência e infinito cuidado e deixar também que se desdobre o tênue som, seja o das delicadas patas de uma aranha sobre uma folha, seja o da risadinha das águas em alguma insignificante torneira. Nada deve ser rejeitado por medo ou horror. O poeta que escreveu essa página (que leio em meio a pessoas falando) desviou-se. Não há vírgula nem ponto-e-vírgula. Os versos não seguem a extensão adequada. Muita coisa é puro contra-senso. É preciso ser cético, mas lançar ao vento a prudência, e, quando a porta se abrir, aceitar resolutamente. Também, por vezes, chorar; também cortar implacavelmente com um talho de lâmina a fuligem, a casca e duras excreções de toda a sorte. E assim (enquanto falam) baixar nossa rede mais e mais fundo, e mergulhá-la docemente e trazer à superfície o que ele disse e o que ela disse, e fazer poesia.”
Querido,
Tenho certeza de estar ficando louca novamente. Sinto que não conseguiremos passar por novos tempos difíceis. E não quero revivê-los. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Portanto, estou fazendo o que me parece ser o melhor a se fazer. Você me deu muitas possibilidades de ser feliz. Você esteve presente como nenhum outro. Não creio que duas pessoas possam ser felizes convivendo com esta doença terrível. Não posso mais lutar. Sei que estarei tirando um peso de suas costas, pois, sem mim, você poderá trabalhar. E você vai, eu sei. Você vê, não consigo sequer escrever. Nem ler. Enfim, o que quero dizer é que é a você que eu devo toda minha felicidade. Você foi bom para mim, como ninguém poderia ter sido. Eu queria dizer isto - todos sabem. Se alguém pudesse me salvar, este alguém seria você. Tudo se foi para mim mas o que ficará é a certeza da sua bondade, sem igual. Não posso atrapalhar sua vida. Não mais. Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.V.
Adeline Virginia Stephen Woolf (25 January 1882 – 28 March 1941)
.
“Como mulher eu não possuo país. Como mulher, meu país é o mundo todo.”
“Depender de uma profissão é uma forma menos odiosa de escravidão do que depender de um pai.”
“O sol ainda não nascera.O mar se distinguia do céu, exceto por estar um pouco encrespado, como um tecido que se enrugasse.”
“As histórias que perseguem as pessoas até seus quartos de dormir são difíceis.”
“As mulheres, durante séculos, serviram de espelho aos homens por possuírem o poder mágico e delicioso de refletirem uma imagem do homem duas vezes maior que o natural.”
“Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial.”
“É muito mais fácil matar um fantasma do que matar uma realidade.”
“Uma paixão tão completamente centrada em si recusa o resto do mundo tal como a água límpida e calma filtra todas as matérias estranhas.”
“Não se acha a paz evitando a vida.”
“Pensei o quanto desconfortável é ser trancado do lado de fora; e pensei o quanto é pior, talvez, ser trancado no lado de dentro.”
“Se você não contar a verdade sobre si mesmo, não pode contar a verdade sobre as outras pessoas.”
“A vida é como um sonho; é o acordar que nos mata.”
“Cada um tem o seu passado fechado em si, tal como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título.”
“A coisa nenhuma deveria ser dado um nome, pois há perigo de que esse nome a transforme.”
“É fácil dizer-se que não é um grande livro. Mas que qualidade lhe faltará? Talvez a de nada acrescentar à nossa visão de vida.”
“Estas são as mudanças da alma. Eu não acredito em envelhecimento. Eu acredito em alterar para sempre o aspecto de alguém para a luz. Eis meu otimismo.”
“A verdade é que eu sempre gosto das mulheres. Gosto da falta de convencionalismo delas. Gosto da integridade delas. Gosto do anonimato delas.”
“Os olhos dos outros são prisões; seus pensamentos nossas celas”.
“O efeito da morte sobre aqueles que continuam vivos é sempre estranho, e muitas vezes terrível, pela destruição de desejos inocentes.”
“Que a mim, pois seja dado saborear o momento, antes que ele se propague pelo restante do mundo!”
“Encarar a vida pela frente… Sempre… Encarar a vida pela frente, e vê-la como ela é… Por fim, entendê-la e amá-la pelo que ela é… E depois deixá-la seguir… Sempre os anos entre nós, sempre os anos… Sempre o amor… Sempre a razão… Sempre o tempo… Sempre… As horas.”
“Mrs. Dalloway, Mrs. Dalloway, sempre dando festas para encobrir o silêncio!”
“Esta alma, ou vida dentro de nós, sem opção concorda com a vida exterior. Se alguém tiver a coragem de perguntá-la o que pensa, ela está sempre dizendo exatamente o oposto do que as outras pessoas dizem.”
“Algumas pessoas procuram os padres; outras a poesia; eu os meus amigos.”
“Vou até a prateleira. Se escolho, leio meio página de qualquer coisa. Não preciso falar. Mas escuto. Estou maravilhosamente alerta. Certamente não se pode ler sem esforço esse poema. Muitas vezes a página está decomposta e manchada de lama, rasgada e grudada por folhas fanadas, fragmentos de verbena ou gerânio. Para ler esse poema é preciso ter miríades de olhos, como um daqueles faróis que giram sobre as águas agitadas do Atlântico à meia-noite, quando talvez somente uma réstia de algas marinhas fende a superfície, ou subitamente as ondas se escancaram e delas emerge algum monstro. É preciso pôr de lado antipatias e ciúmes, e não interromper. É preciso ter paciência e infinito cuidado e deixar também que se desdobre o tênue som, seja o das delicadas patas de uma aranha sobre uma folha, seja o da risadinha das águas em alguma insignificante torneira. Nada deve ser rejeitado por medo ou horror. O poeta que escreveu essa página (que leio em meio a pessoas falando) desviou-se. Não há vírgula nem ponto-e-vírgula. Os versos não seguem a extensão adequada. Muita coisa é puro contra-senso. É preciso ser cético, mas lançar ao vento a prudência, e, quando a porta se abrir, aceitar resolutamente. Também, por vezes, chorar; também cortar implacavelmente com um talho de lâmina a fuligem, a casca e duras excreções de toda a sorte. E assim (enquanto falam) baixar nossa rede mais e mais fundo, e mergulhá-la docemente e trazer à superfície o que ele disse e o que ela disse, e fazer poesia.”
Querido,
Tenho certeza de estar ficando louca novamente. Sinto que não conseguiremos passar por novos tempos difíceis. E não quero revivê-los. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Portanto, estou fazendo o que me parece ser o melhor a se fazer. Você me deu muitas possibilidades de ser feliz. Você esteve presente como nenhum outro. Não creio que duas pessoas possam ser felizes convivendo com esta doença terrível. Não posso mais lutar. Sei que estarei tirando um peso de suas costas, pois, sem mim, você poderá trabalhar. E você vai, eu sei. Você vê, não consigo sequer escrever. Nem ler. Enfim, o que quero dizer é que é a você que eu devo toda minha felicidade. Você foi bom para mim, como ninguém poderia ter sido. Eu queria dizer isto - todos sabem. Se alguém pudesse me salvar, este alguém seria você. Tudo se foi para mim mas o que ficará é a certeza da sua bondade, sem igual. Não posso atrapalhar sua vida. Não mais. Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.V.
Adeline Virginia Stephen Woolf (25 January 1882 – 28 March 1941)
.
Abraham Lincoln
.
Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem levam em consideração as condições dos animais.
Ando devagar, mas nunca ando para trás.
É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida.
Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.
Não te esqueças que os estranhos são amigos que ainda não conheces.
Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião.
Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...
Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.
Deus deve amar os homens medíocres. Fez vários deles.
Quase sempre a maior ou menor felicidade depende do grau de decisão de ser feliz.
O campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer.
Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes.
A melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas amizades.
Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa para ser um mentiroso de êxito.
Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento.
O meu pai ensinou-me a trabalhar; não me ensinou a amar o trabalho.
Os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis.
Nunca devemos mudar de cavalo no meio do rio.
Nosso Senhor ama os pobres, por isso fez tantos.
Tacto é a capacidade de se descrever os outros tal como eles se julgam.
Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda.
Não estarei destruindo meus inimigos quando os transformo em amigos?
Senhor, minha preocupação não é se Deus está ao nosso lado; minha maior preocupação é estar ao lado de Deus, porque Deus é sempre certo.
Para você que está chegando agora, criticando o que está feito, deveria estar aqui na hora de fazer. Não sejas um especialista em usar a crítica ao que está feito como pretexto para nada fazer. Assina, aquele que fez, quando no momento de fazer, não sabia-se como.
O caráter é como uma árvore e a reputação como sua sombra. A sombra é o que nós pensamos dela; a árvore é a coisa real.
A perda de um inimigo não compensa a de um amigo.
Não poderás ajudar aos homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios.
A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns.
A face de um velho amigo é como um raio de sol por entre escuras e sombrias nuvens.
Se a escravatura não é má, nada é mau.
Não fortalecerás os fracos, por enfraquecer os fortes. Não ajudarás os assalariados, se arruinares aquele que os paga. Não estimularas a fraternidade, se alimentares o ódio.
Tudo aquilo que sou, ou pretendo ser, devo a um anjo, minha mãe.
Estou ultimamente ocupado em ler a Bíblia. Tirai o que puderdes deste livro pelo raciocínio e o resto pela fé, e, vivereis e morrereis um homem melhor.
Acho difícil que um indivíduo contemplando o céu possa dizer que não existe um criador.
A melhor forma de destruir a seu inimigo é converter-lhe em seu amigo.
Todos gostam de um cumprimento
Se eu tivesse apenas uma hora para cortar uma árvore, eu usaria os primeiros quarenta e cinco minutos afiando meu machado.
Eu não gosto daquele homem. Eu preciso conhecê-lo melhor.
And in the end, it's not the years in your life that count. It's the life in your years.
Frases de Abraham Lincoln (1809-1865)
Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem levam em consideração as condições dos animais.
Ando devagar, mas nunca ando para trás.
É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida.
Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.
Não te esqueças que os estranhos são amigos que ainda não conheces.
Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião.
Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...
Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.
Deus deve amar os homens medíocres. Fez vários deles.
Quase sempre a maior ou menor felicidade depende do grau de decisão de ser feliz.
O campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer.
Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes.
A melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas amizades.
Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa para ser um mentiroso de êxito.
Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento.
O meu pai ensinou-me a trabalhar; não me ensinou a amar o trabalho.
Os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis.
Nunca devemos mudar de cavalo no meio do rio.
Nosso Senhor ama os pobres, por isso fez tantos.
Tacto é a capacidade de se descrever os outros tal como eles se julgam.
Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda.
Não estarei destruindo meus inimigos quando os transformo em amigos?
Senhor, minha preocupação não é se Deus está ao nosso lado; minha maior preocupação é estar ao lado de Deus, porque Deus é sempre certo.
Para você que está chegando agora, criticando o que está feito, deveria estar aqui na hora de fazer. Não sejas um especialista em usar a crítica ao que está feito como pretexto para nada fazer. Assina, aquele que fez, quando no momento de fazer, não sabia-se como.
O caráter é como uma árvore e a reputação como sua sombra. A sombra é o que nós pensamos dela; a árvore é a coisa real.
A perda de um inimigo não compensa a de um amigo.
Não poderás ajudar aos homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios.
A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns.
A face de um velho amigo é como um raio de sol por entre escuras e sombrias nuvens.
Se a escravatura não é má, nada é mau.
Não fortalecerás os fracos, por enfraquecer os fortes. Não ajudarás os assalariados, se arruinares aquele que os paga. Não estimularas a fraternidade, se alimentares o ódio.
Tudo aquilo que sou, ou pretendo ser, devo a um anjo, minha mãe.
Estou ultimamente ocupado em ler a Bíblia. Tirai o que puderdes deste livro pelo raciocínio e o resto pela fé, e, vivereis e morrereis um homem melhor.
Acho difícil que um indivíduo contemplando o céu possa dizer que não existe um criador.
A melhor forma de destruir a seu inimigo é converter-lhe em seu amigo.
Todos gostam de um cumprimento
Se eu tivesse apenas uma hora para cortar uma árvore, eu usaria os primeiros quarenta e cinco minutos afiando meu machado.
Eu não gosto daquele homem. Eu preciso conhecê-lo melhor.
And in the end, it's not the years in your life that count. It's the life in your years.
Frases de Abraham Lincoln (1809-1865)
““Plus ça change, plus c'est la même chose””
.
“O Orçamento Nacional deve ser equilibrado.
As Dívidas Públicas devem ser reduzidas,
a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada.
Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos,
se a Nação não quiser ir à falência.
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar,
em vez de viver por conta pública.”
Marcus Tullius Cícero - Roma, 55 a.C.
“O Orçamento Nacional deve ser equilibrado.
As Dívidas Públicas devem ser reduzidas,
a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada.
Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos,
se a Nação não quiser ir à falência.
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar,
em vez de viver por conta pública.”
Marcus Tullius Cícero - Roma, 55 a.C.
domingo, 12 de setembro de 2010
Eleições (mudaram algumas moscas...)
.
Chomsky e as estratégias de manipulação
O lingüista estadunidense Noam Chomsky, que se define politicamente como “companheiro de viagem” da tradição anarquista, é considerado um dos maiores intelectuais da atualidade. Entre outros estudos, ele elaborou excelentes livros e textos sobre o papel dos meios de comunicação no sistema capitalista. É dele a clássica frase de que “a propaganda representa para a democracia aquilo que o cassetete significa para o estado totalitário”. No didático artigo abaixo, Chomsky lista as “10 estratégias de manipulação” das elites:
1- A estratégica da distração.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
2- Crias problemas, depois oferecer soluções.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3- A estratégia da degradação.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em “degradado”, sobre uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas têm sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haviam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de forma brusca.
4- A estratégica do deferido.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que?
“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, uma resposta ou reação também desprovida de um sentido critico como a de uma pessoa de 12 anos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
6- Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…
7- Manter o público na ignorância e na mediocridade.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada as classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre o possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
8- Promover ao público a ser complacente na mediocridade.
Promover ao público a achar “cool” pelo fato de ser estúpido, vulgar e inculto…
9- Reforçar a revolta pela culpabilidade.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E sem ação, não há revolução!
10- Conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o individuo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
.
Chomsky e as estratégias de manipulação
O lingüista estadunidense Noam Chomsky, que se define politicamente como “companheiro de viagem” da tradição anarquista, é considerado um dos maiores intelectuais da atualidade. Entre outros estudos, ele elaborou excelentes livros e textos sobre o papel dos meios de comunicação no sistema capitalista. É dele a clássica frase de que “a propaganda representa para a democracia aquilo que o cassetete significa para o estado totalitário”. No didático artigo abaixo, Chomsky lista as “10 estratégias de manipulação” das elites:
1- A estratégica da distração.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
2- Crias problemas, depois oferecer soluções.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3- A estratégia da degradação.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em “degradado”, sobre uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas têm sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haviam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de forma brusca.
4- A estratégica do deferido.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que?
“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, uma resposta ou reação também desprovida de um sentido critico como a de uma pessoa de 12 anos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
6- Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…
7- Manter o público na ignorância e na mediocridade.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada as classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre o possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
8- Promover ao público a ser complacente na mediocridade.
Promover ao público a achar “cool” pelo fato de ser estúpido, vulgar e inculto…
9- Reforçar a revolta pela culpabilidade.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E sem ação, não há revolução!
10- Conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o individuo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
.
O Capital (1867)
Stephen Hawking descarta papel de Deus na criação do Universo
Físico afirma que 'criação espontânea é a razão pela qual existe algo'
O cientista britânico Stephen Hawking afirma em seu novo livro, ainda inédito, que a física moderna descarta a participação de Deus na origem do Universo e diz que aparentemente o Big Bang foi uma consequência natural das leis da física.
Em The Great Design (“O Grande Projeto”, em tradução livre), que teve trechos publicados nesta quinta-feira pelo jornal britânico The Times, Hawking afirma que “a criação espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada”.
O cientista cita a descoberta de um planeta orbitando uma estrela que não o Sol, ocorrida em 1992, como algo que faz as condições planetárias terrestres – como a relação entre a massa solar e a distância para o Sol, por exemplo - parecerem provas “muito menos convincentes de que a Terra foi cuidadosamente projetada somente para agradar a nós, seres humanos”.
"Devido à existência de uma lei como a da gravidade, o Universo pode e vai criar a si mesmo do nada”, afirma o físico no livro.
"A criação espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada, do porquê do universo existir, do porquê de nós existimos”, diz Hawking.
The Great Design foi escrito em parceria com o físico norte-americano Leonard Mlodinow e tem lançamento previsto para o próximo dia 9.
Mudança
Os trechos indicam uma aparente mudança de opinião em relação a uma das obras mais conhecidas de Hawking.
Em seu livro Uma Breve História do Tempo, publicado em 1988, o cientista sugeria que a ideia de uma criação divina seria compatível com uma compreensão científica do Universo.
“Se nós descobrirmos uma teoria completa, será o triunfo definitivo da razão humana – pois então nós deveremos conhecer a mente de Deus”, escreveu então o cientista.
Uma Breve História do Tempo teve mais de 9 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.
O cientista britânico Stephen Hawking afirma em seu novo livro, ainda inédito, que a física moderna descarta a participação de Deus na origem do Universo e diz que aparentemente o Big Bang foi uma consequência natural das leis da física.
Em The Great Design (“O Grande Projeto”, em tradução livre), que teve trechos publicados nesta quinta-feira pelo jornal britânico The Times, Hawking afirma que “a criação espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada”.
O cientista cita a descoberta de um planeta orbitando uma estrela que não o Sol, ocorrida em 1992, como algo que faz as condições planetárias terrestres – como a relação entre a massa solar e a distância para o Sol, por exemplo - parecerem provas “muito menos convincentes de que a Terra foi cuidadosamente projetada somente para agradar a nós, seres humanos”.
"Devido à existência de uma lei como a da gravidade, o Universo pode e vai criar a si mesmo do nada”, afirma o físico no livro.
"A criação espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada, do porquê do universo existir, do porquê de nós existimos”, diz Hawking.
The Great Design foi escrito em parceria com o físico norte-americano Leonard Mlodinow e tem lançamento previsto para o próximo dia 9.
Mudança
Os trechos indicam uma aparente mudança de opinião em relação a uma das obras mais conhecidas de Hawking.
Em seu livro Uma Breve História do Tempo, publicado em 1988, o cientista sugeria que a ideia de uma criação divina seria compatível com uma compreensão científica do Universo.
“Se nós descobrirmos uma teoria completa, será o triunfo definitivo da razão humana – pois então nós deveremos conhecer a mente de Deus”, escreveu então o cientista.
Uma Breve História do Tempo teve mais de 9 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.
sábado, 4 de setembro de 2010
"o que é trair?"
.
A traição é provavelmente uma das dores mais difíceis de suportar e ultrapassar. Seja num relacionamento conjugal, seja entre amigos, seja de que maneira for, nunca deixa de ser uma espécie de golpe invisível, porém, não menos doloroso.
A pessoa traída fica marcada para sempre, fragilizada, como se alguém tivesse queimado o seu sistema emocional e o pior de tudo, é que por norma carrega sentimentos de culpa, como se a outra pessoa tivesse traído a sua confiança por não ter alternativa, já que viver consigo, ou simplesmente ser seu amigo era “insustentável”.
Trair é um traço de caráter que nada tem a ver com a pessoa traída, mas com a incapacidade do traidor em assumir responsabilidades, compromissos, de entender o quanto fere o seu próximo com os seus esquemas e mentiras. O traidor é alguém insatisfeito consigo próprio e joga com os sentimentos das pessoas, alimentando-se da adrenalina do secretismo e das meias palavras. Pensa que tem tudo controlado, quando na verdade ele próprio é um ser descontrolado! A menos que cresça emocionalmente, será sempre infeliz.
O profeta caminhava pela rua, perguntando: não somos todos filhos do mesmo Pai Eterno? A multidão concordava. E o profeta continuava: e se é assim, por que traímos nosso irmão? Um garoto que assistia, perguntou ao pai: o que é trair? É enganar o seu companheiro para conseguir determinada vantagem. E por que traímos nosso companheiro? insistiu o garoto. Porque no passado alguém começou isto. Desde então, ninguém sabe como parar a roda. Estamos sempre traindo ou sendo traídos. Então não trairei ninguém disse o garoto. E assim fez. Cresceu, apanhou muito da vida, mas manteve sua promessa. Seus filhos sofreram menos e apanharam menos. Seus netos nada sofreram.
A traição é provavelmente uma das dores mais difíceis de suportar e ultrapassar. Seja num relacionamento conjugal, seja entre amigos, seja de que maneira for, nunca deixa de ser uma espécie de golpe invisível, porém, não menos doloroso.
A pessoa traída fica marcada para sempre, fragilizada, como se alguém tivesse queimado o seu sistema emocional e o pior de tudo, é que por norma carrega sentimentos de culpa, como se a outra pessoa tivesse traído a sua confiança por não ter alternativa, já que viver consigo, ou simplesmente ser seu amigo era “insustentável”.
Trair é um traço de caráter que nada tem a ver com a pessoa traída, mas com a incapacidade do traidor em assumir responsabilidades, compromissos, de entender o quanto fere o seu próximo com os seus esquemas e mentiras. O traidor é alguém insatisfeito consigo próprio e joga com os sentimentos das pessoas, alimentando-se da adrenalina do secretismo e das meias palavras. Pensa que tem tudo controlado, quando na verdade ele próprio é um ser descontrolado! A menos que cresça emocionalmente, será sempre infeliz.
O profeta caminhava pela rua, perguntando: não somos todos filhos do mesmo Pai Eterno? A multidão concordava. E o profeta continuava: e se é assim, por que traímos nosso irmão? Um garoto que assistia, perguntou ao pai: o que é trair? É enganar o seu companheiro para conseguir determinada vantagem. E por que traímos nosso companheiro? insistiu o garoto. Porque no passado alguém começou isto. Desde então, ninguém sabe como parar a roda. Estamos sempre traindo ou sendo traídos. Então não trairei ninguém disse o garoto. E assim fez. Cresceu, apanhou muito da vida, mas manteve sua promessa. Seus filhos sofreram menos e apanharam menos. Seus netos nada sofreram.
Krishnamurti
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
E_Vô_é... Corinthians!
.
Evoé Corinthians! Meu avô o grande responsável..., mas assim que tive alguma consciência da vida e do mundo nada mais natural do que dizer-me corinthiano (meu avô tratou de ensinar-me logo sobre as mazelas da vida) Eramos pobres, desvalidos, loucos e mal quistos... (mídia contra) sem ídolos, sem nenhum torcedor famoso (Estádio? Nem pensar) e ainda de quebra Dr. Vicente Matheus soltando suas pérolas... mais descréditos... depois passaram a mão (diversas vezes) problemas 1000, cx 2, etc... (meu avô dizia: um dia isso tudo vai mudar!) e enfim cá estamos nós: Corinthians 100 anos! Aqui e agora! Parabéns Corinthians! Parabéns Corinthianos! Parabéns Vô! (Vc sempre soube das coisas...) E_Vô_é!
,
Evoé Corinthians! Meu avô o grande responsável..., mas assim que tive alguma consciência da vida e do mundo nada mais natural do que dizer-me corinthiano (meu avô tratou de ensinar-me logo sobre as mazelas da vida) Eramos pobres, desvalidos, loucos e mal quistos... (mídia contra) sem ídolos, sem nenhum torcedor famoso (Estádio? Nem pensar) e ainda de quebra Dr. Vicente Matheus soltando suas pérolas... mais descréditos... depois passaram a mão (diversas vezes) problemas 1000, cx 2, etc... (meu avô dizia: um dia isso tudo vai mudar!) e enfim cá estamos nós: Corinthians 100 anos! Aqui e agora! Parabéns Corinthians! Parabéns Corinthianos! Parabéns Vô! (Vc sempre soube das coisas...) E_Vô_é!
,
Assinar:
Postagens (Atom)