...é o encerramento de uma década! 2011... 2012... (pela frente)
"Deus nos ajude!" 1 Feliz Ano Novo!”
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Eu creio! Eu sei!
“Não há nada de oculto que não venha a ser revelado, e nada de escondido que não venha a ser conhecido. (Lucas 9:45).”
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"O crescimento intelectual e moral não é menos indispensável que a melhora material. Saber é um viático; pensar é a primeira necessidade; a verdade é tão alimentar como o fermento. Uma razão jejuna de ciência e de sabedoria fenece. Lastimamos, como se fossem estômagos os espíritos que não comem. Se existe alguma coisa mais pungente que um corpo agonizante pela falta de pão, é uma alma que morre de fome de luz" (Victor-Marie Hugo) Seuls les idiots ne changent pas d'avis.
"Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender."
(Brigitte Bardot)
(Brigitte Bardot)
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
The Day After
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Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida; pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância, sobre a face da terra, eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente...
O ser humano, as riquezas, meu corpo, o clima, os prazeres, etc. E assim poderia citar uma lista interminável. Às demais coisas eu chamo "experiências"; esqueço-me das experiências passageiras e vivo as que são eternas; amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.
Lembro-me de viver de modo eterno. Esta é a chave de toda a felicidade, de todo matrimônio e de toda vida humana; "A felicidade está centrada em mim".
Há pessoas que dizem: "Hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque alguém não soube me dar valor..."
EU SOU FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém tenha me machucado, mesmo que alguém não me ame ou não me dê o devido valor.
EU SOU FELIZ, SEMPRE!
Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida; pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância, sobre a face da terra, eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente...
O ser humano, as riquezas, meu corpo, o clima, os prazeres, etc. E assim poderia citar uma lista interminável. Às demais coisas eu chamo "experiências"; esqueço-me das experiências passageiras e vivo as que são eternas; amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.
Lembro-me de viver de modo eterno. Esta é a chave de toda a felicidade, de todo matrimônio e de toda vida humana; "A felicidade está centrada em mim".
Há pessoas que dizem: "Hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque alguém não soube me dar valor..."
EU SOU FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém tenha me machucado, mesmo que alguém não me ame ou não me dê o devido valor.
EU SOU FELIZ, SEMPRE!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
BOM NATAL
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O amor ao próximo está em todas as crenças, em todos os tempos.
Os mestres, os sábios, os missionários, sempre ensinaram e exemplificaram esta lição, proclamando que a aurora da humanidade virá quando descobrirmos uns aos outros, quando admitirmos que somos filhos de um mesmo Pai, que temos o mesmo objetivo, e que por isso precisamos caminhar juntos.
É tempo de abrir o coração para outras almas, de deixar os preconceitos de lado, as exigências descabidas, e conviver mais com as pessoas.
Muitos têm medo de se ferir. Muitos se afastam de todos por egoísmo.
Seja você uma exceção.
Seja aquele que valoriza as amizades, aquele amigo que está sempre lá, “pro que der e vier”, como se diz popularmente.
Seja aquela pessoa que gosta de ter a casa cheia, que gosta de receber visitas, que gosta de compartilhar as conquistas com os outros.
Seja você aquele que liga para desejar feliz aniversário, aquele que escreve um longo cartão de Natal falando do ano que se passou, e o quanto àquela pessoa lhe foi importante.
Seja aquele amigo que destaca as virtudes do outro, e que até discorde algumas vezes, mas discorde com delicadeza e psicologia.
Seja você alguém que cumprimenta a todos, e que receba aqueles que ainda não conhece bem, com um sorriso, com um “bom dia”.
Finalmente, seja você a aurora dos que estão à sua volta, dizendo-lhes, através de seu otimismo, que o dia se aproxima, e que a noite logo termina.
O momento da aurora se aproxima.
Muitas vozes já proclamam a chegada de um novo tempo.
Tempo que está no coração do homem.
Tempo que está no calor de seu abraço.
O momento da aurora se aproxima.
E a noite será passado, e o sol será presente.
Presente para aqueles que se tornarem espelho e refletirem, em seu próximo, toda luz que receberem.”
Bom Natal e muita Paz em seu Coração.
(R. Alonso)
O amor ao próximo está em todas as crenças, em todos os tempos.
Os mestres, os sábios, os missionários, sempre ensinaram e exemplificaram esta lição, proclamando que a aurora da humanidade virá quando descobrirmos uns aos outros, quando admitirmos que somos filhos de um mesmo Pai, que temos o mesmo objetivo, e que por isso precisamos caminhar juntos.
É tempo de abrir o coração para outras almas, de deixar os preconceitos de lado, as exigências descabidas, e conviver mais com as pessoas.
Muitos têm medo de se ferir. Muitos se afastam de todos por egoísmo.
Seja você uma exceção.
Seja aquele que valoriza as amizades, aquele amigo que está sempre lá, “pro que der e vier”, como se diz popularmente.
Seja aquela pessoa que gosta de ter a casa cheia, que gosta de receber visitas, que gosta de compartilhar as conquistas com os outros.
Seja você aquele que liga para desejar feliz aniversário, aquele que escreve um longo cartão de Natal falando do ano que se passou, e o quanto àquela pessoa lhe foi importante.
Seja aquele amigo que destaca as virtudes do outro, e que até discorde algumas vezes, mas discorde com delicadeza e psicologia.
Seja você alguém que cumprimenta a todos, e que receba aqueles que ainda não conhece bem, com um sorriso, com um “bom dia”.
Finalmente, seja você a aurora dos que estão à sua volta, dizendo-lhes, através de seu otimismo, que o dia se aproxima, e que a noite logo termina.
O momento da aurora se aproxima.
Muitas vozes já proclamam a chegada de um novo tempo.
Tempo que está no coração do homem.
Tempo que está no calor de seu abraço.
O momento da aurora se aproxima.
E a noite será passado, e o sol será presente.
Presente para aqueles que se tornarem espelho e refletirem, em seu próximo, toda luz que receberem.”
Bom Natal e muita Paz em seu Coração.
(R. Alonso)
O Natal Animal é um projeto inspirado nas tradicionais “sacolinhas de Natal” que fazem a alegria, todos os anos, de várias crianças. Para quem não conhece, as sacolinhas de Natal geralmente são compostas por uma roupa, um calçado e um brinquedo, e são doadas para crianças carentes.
Pensando nos inúmeros animais que também se encontram em situação de carência,um grupo de protetores teve a ideia de fazer o Natal Animal. Animais necessitados que aguardam adoção receberão kits natalinos contendo itens básicos e, em alguns casos, itens específicos (de acordo com a necessidade do animal).
Mas o objetivo do Natal Animal não se restringe ao projeto das sacolinhas. Outra questão essencial é divulgar os animais do site para que possam receber o melhor de todos os presentes: uma família. Quer adotar um amigo? No Natal Animal há vários peludos esperando por um lar!
Para que os animais possam receber os kits, é preciso que se apadrinhe um deles, fazendo uma doação (para a montagem da sacolinha).
Como doar
É possível doar através de compra segura (PagSeguro) no próprio site do projeto, ou por meio de depósito bancário (é importante entrar em contato para que seja identificada a doação).
Os dados para depósito: Banco Itaú, agência 0158, c/c 09530-7.
Para entrar em contato: natalanimal@gmail.com.
Animais auxiliados
O projeto Natal Animal vai ajudar animais que estão abrigados nos seguintes locais:
* ONG Cão sem Dono – http://www.caosemdono.com.br
* Abrigo da Dona Cidinha – Mairiporã/SP – http://www.abrigodonacidinha.blogspot.com/
* lares temporários de protetores
* hotéis para animais
As sacolinhas
Cada sacolinha de Natal poderá conter os seguintes itens:
* pacote de petisco
* cobertor de soft
* sabonete
* vermífugo
* antipulgas
* complexo vitamínico
* higienizador de ambiente
* brinquedo (para os filhotões)
* entre outros itens.
Conheça o projeto em www.natalanimal.com.br
Pensando nos inúmeros animais que também se encontram em situação de carência,um grupo de protetores teve a ideia de fazer o Natal Animal. Animais necessitados que aguardam adoção receberão kits natalinos contendo itens básicos e, em alguns casos, itens específicos (de acordo com a necessidade do animal).
Mas o objetivo do Natal Animal não se restringe ao projeto das sacolinhas. Outra questão essencial é divulgar os animais do site para que possam receber o melhor de todos os presentes: uma família. Quer adotar um amigo? No Natal Animal há vários peludos esperando por um lar!
Para que os animais possam receber os kits, é preciso que se apadrinhe um deles, fazendo uma doação (para a montagem da sacolinha).
Como doar
É possível doar através de compra segura (PagSeguro) no próprio site do projeto, ou por meio de depósito bancário (é importante entrar em contato para que seja identificada a doação).
Os dados para depósito: Banco Itaú, agência 0158, c/c 09530-7.
Para entrar em contato: natalanimal@gmail.com.
Animais auxiliados
O projeto Natal Animal vai ajudar animais que estão abrigados nos seguintes locais:
* ONG Cão sem Dono – http://www.caosemdono.com.br
* Abrigo da Dona Cidinha – Mairiporã/SP – http://www.abrigodonacidinha.blogspot.com/
* lares temporários de protetores
* hotéis para animais
As sacolinhas
Cada sacolinha de Natal poderá conter os seguintes itens:
* pacote de petisco
* cobertor de soft
* sabonete
* vermífugo
* antipulgas
* complexo vitamínico
* higienizador de ambiente
* brinquedo (para os filhotões)
* entre outros itens.
Conheça o projeto em www.natalanimal.com.br
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
O agradecimento dos animais pelo Natal ou "Hoje eu sou uma estrela"
Esqueça o oba-oba das lojas, os empurrões no trânsito e a expectativa de folga, bebida e comilança. Somente o olhar dos animais não-humanos é verdadeiro, dentre o furacão que os engole com mais força, no final de cada ano. Os animais da pecuária encaram o fim de suas vidas – ‘eles nasceram para isso’ – enquanto contemplam o traseiro de um clone seu, nos bretes e corredores de concreto que antecedem a mesa farta preparada com tanto esmero pelas famílias de bom coração.
O olhar de quem não sabe chorar, já que a reza na hora do desespero é exclusividade na lista da racionalidade – essa qualidade que separa a humanidade das bestas-feras. O olhar de quem viu o filhote ser puxado para longe de si pelos funcionários da fazenda, esse lugar bucólico onde os animais são tratados como reis, já que optaram por isso em troca de suas liberdades.
O olhar do frango que está encaixotado, empilhado em um caminhão que passa na nossa frente quando estamos na estrada, rumo às férias. Perdemos um segundo, apenas, pensando nisso. Não há espaço para que ele nos dê um tchauzinho, talvez agradecendo pelo doce toque da morte que o aliviará e abreviará sua existência marcada pela ausência de mãe, confinamento, horários alterados para ditar o ritmo da engorda e opressão no dia-a-dia.
‘Obrigado Papai Noel ou menino Jesus por me tirar de um aviário com outras milhares de aves. Obrigado pela ração e água que mantiveram este corpo vivo, pois ele vale pelo preço que alguém paga. Não tem o valor que minha mãe, animal como eu, instintivamente perceberia, e por isso me defenderia, em condições normais. Aqui sou um entre milhares, e não parece fazer muita diferença se eu morrer agora ou esperar o caminhão dos caixotes. Nasci de uma máquina de ovos, mas espero encontrar minha mãe, ciscando a meu lado, algum dia.
Obrigado Deus humano pela corrente que sempre existiu em torno do meu pescoço, que não me permite caminhar até o horizonte. Ou até o ponto onde há sombra, onde a água da chuva não está empoçada. Agradeço pelos dias que lembraram da minha existência, e sobras de comida chegaram até onde esta corrente permitiu alcançar. Obrigado, Papai Noel, por ter sido escolhido como animal de estimação por uma família de humanos.
Obrigado, espírito natalino, por eu ter puxado tanta carroça em meio à fumaça de óleo diesel, fraco, assustado e sedento, que enfim eu tombei no asfalto. A última surra que tomei do carroceiro, para que eu me levantasse, permitiu que enfim meu espírito pudesse cavalgar livre naquelas campos verdes onde quadrúpedes iguais a mim, porém belos e com longas crinas, correm sentindo o vento da natureza. Acho que o esforço que fiz diariamente para tirar meu condutor da miséria, ou pelo menos diminuir sua pobreza, foi menos do que eu poderia, então eu aceito meu castigo.
Obrigado, família do presépio, por eu ter sido o escolhido para, ainda bebê, estar na mesa de tantas residências, para ter meu pequeno corpo saboreado em uma bonita bandeja, assado e servido à meia-noite. Ainda não entendi por que nasci e morri tão rápido, se fiz algo errado a ponto de não poder crescer um pouco mais em um lugar que, onde vi, havia outros como eu, alguns bem gordos. Mal lembro da minha mãe, mas lembro que ela não podia se virar, cercada em um gradeado enquanto mamávamos. Talvez tenha sido azar, talvez tenha sido sorte.
Obrigado meu Deus, por eu poder ajudar tanta gente a usar um xampu que não irrite os olhos, uma maquiagem que não cause problemas, um produto qualquer a ser dado de presente neste Natal, que nunca vou saber direito, que atendeu os humanos em suas expectativas mais simples. Estive em um laboratório, cercado de pessoas de jaleco branco, durante tempo suficiente para saber que sou parte importante do progresso, que a Ciência evoluiu graças à minha dor, meu aprisionamento e tudo aquilo que os produtos geraram nos meus olhos e no meu corpo. Fico grato por ter ajudado.
Obrigado Maria, mãe de todas as mães que, zelosas como eu, dão leite a seus filhos durante anos, mesmo após o fim de sua amamentação natural. Minha vida neste estábulo, com úberes gigantes e doloridos, plugados em uma máquina, é o sacrifício que faço para a saúde humana. Não percebi, ainda, em minha mentalidade abaixo da humana, porque o leite de meus filhos vai para os filhos de outra espécie, e até quando já são adultos. Meu filhote não está mais ao alcance de minha vista, foi retirado cedo de meu lado, mas sei que o papel dele, como vitelo, ocupa espaço de respeito junto aos humanos. É alvo de muitos comentários e elogios. Pelo menos é o que imagino, pois o sacrifício é doloroso o suficiente para, respeitosamente, ousar questionar o porquê de minha existência. Mas agradeço mesmo assim, Papai Noel.
Obrigado pelas palmas cada vez que apareço no picadeiro. O olhar das crianças me faz esquecer a minha vida de tédio e imobilidade, viajando de cidade a cidade. Quem sabe um dia eu e os demais animais cheguemos ao lugar de onde viemos, que deverá ter muitas árvores, rios e espaços para correr. Enquanto isso, eu repito as manobras noite após noite, mostro os mesmos truques que, pela minha teimosia, eu custei a decorar. Quem sabe neste Natal eu ganhe uma última viagem, de volta ao habitat que jamais conheci em vida.
Obrigado Natal, por eu poder aquecer tanta gente elegante em momentos de frio. Nasci peludo tal como minha mãe, e como ela pude participar da indústria humana, essa coisa que traz tanto progresso, dando de bom grado minha própria pele para que maridos mostrem afeto à esposa, presenteando-as com belos casacos. Muita gente famosa e rica usa a pele que pode ter sido minha. Isso me enche de orgulho e faz valer o tempo que morei em uma gaiola pouco maior que meu próprio corpo. Já estava cansado de andar em círculos, lembrando dos bosques que um dia corri de cima a baixo. Mas um dia veio a dor que, por pior que tenha sido, me libertou finalmente. Ainda relutei alguns minutos, já sem pele, mas vi que a liberdade me abraçava e escurecia minhas vistas. Acho que valeu a pena, pois sou fotografado e até apareço na televisão, durante o inverno – pelo menos acredito que aquelas partes sejam minhas, cobrindo o corpo de pessoas tão bonitas e famosas. Obrigado aos responsáveis.
Obrigado a todos que vieram me assistir nesta arena. Ainda estou zonzo e ofuscado pela luz após dias de escuridão, mas já entendi que, aqui, eu sou a atração. Há um semelhante a mim, porém sem chifres e mais magro, e nele está montado um humano, com roupas garbosas e armas tão afiadas como as que já furaram tantos iguais a mim. Eu espero que tudo isto termine logo, pois o cansaço está vencendo a euforia, há tanto sangue que já não sei se é meu ou de alguém antes de mim, e está difícil fazer levantar a platéia tantas vezes. Que a morte venha me tocar com a mesma doçura da última vez que fui tocado pela minha mãe. Ela deve estar orgulhosa de um filho que resistiu até o fim, cercado de espadas, aplaudido, sangrando ajoelhado, língua de fora mas fazendo questão de participar do show até o fim. Acho que os aplausos são para mim, já que os olhares convergem para onde estou. E eu não sei onde estou.
Obrigado menino Jesus por ter nascido e feito seus iguais perceberem a necessidade de haver uma festa em seu nome, para redenção e paz, onde eu seria assado em espeto e saboreado por tantas pessoas felizes, sorridentes e em clima de fraternidade. Jamais imaginei que, sem saber falar, sem ter tido escolhas, seria eu o ponto central dos churrascos de final de ano de tantas empresas, entidades, famílias e grupos a confraternizar. Aguardei este momento sempre em espaços com arame farpado, tal como a coroa que um dia finalmente lhe puseram na cabeça, e usei argola no nariz para que um filho seu, fiel e devoto, me conduzisse para o lugar certo. Apanhei da vida, mas quem não apanhou? Sempre soube que uma vida de aperto, confinamento, marcação a ferro quente, castração a frio e morte sobre o concreto teriam um sentido maior. Obrigado por dar um norte a minha vida. Hoje, eu sou uma estrela.
(Por Marcio de Almeida Bueno)
http://vista-se.com.br/redesocial/o-agradecimento-dos-animais-pelo-natal-ou-hoje-eu-sou-uma-estrela/
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O olhar de quem não sabe chorar, já que a reza na hora do desespero é exclusividade na lista da racionalidade – essa qualidade que separa a humanidade das bestas-feras. O olhar de quem viu o filhote ser puxado para longe de si pelos funcionários da fazenda, esse lugar bucólico onde os animais são tratados como reis, já que optaram por isso em troca de suas liberdades.
O olhar do frango que está encaixotado, empilhado em um caminhão que passa na nossa frente quando estamos na estrada, rumo às férias. Perdemos um segundo, apenas, pensando nisso. Não há espaço para que ele nos dê um tchauzinho, talvez agradecendo pelo doce toque da morte que o aliviará e abreviará sua existência marcada pela ausência de mãe, confinamento, horários alterados para ditar o ritmo da engorda e opressão no dia-a-dia.
‘Obrigado Papai Noel ou menino Jesus por me tirar de um aviário com outras milhares de aves. Obrigado pela ração e água que mantiveram este corpo vivo, pois ele vale pelo preço que alguém paga. Não tem o valor que minha mãe, animal como eu, instintivamente perceberia, e por isso me defenderia, em condições normais. Aqui sou um entre milhares, e não parece fazer muita diferença se eu morrer agora ou esperar o caminhão dos caixotes. Nasci de uma máquina de ovos, mas espero encontrar minha mãe, ciscando a meu lado, algum dia.
Obrigado Deus humano pela corrente que sempre existiu em torno do meu pescoço, que não me permite caminhar até o horizonte. Ou até o ponto onde há sombra, onde a água da chuva não está empoçada. Agradeço pelos dias que lembraram da minha existência, e sobras de comida chegaram até onde esta corrente permitiu alcançar. Obrigado, Papai Noel, por ter sido escolhido como animal de estimação por uma família de humanos.
Obrigado, espírito natalino, por eu ter puxado tanta carroça em meio à fumaça de óleo diesel, fraco, assustado e sedento, que enfim eu tombei no asfalto. A última surra que tomei do carroceiro, para que eu me levantasse, permitiu que enfim meu espírito pudesse cavalgar livre naquelas campos verdes onde quadrúpedes iguais a mim, porém belos e com longas crinas, correm sentindo o vento da natureza. Acho que o esforço que fiz diariamente para tirar meu condutor da miséria, ou pelo menos diminuir sua pobreza, foi menos do que eu poderia, então eu aceito meu castigo.
Obrigado, família do presépio, por eu ter sido o escolhido para, ainda bebê, estar na mesa de tantas residências, para ter meu pequeno corpo saboreado em uma bonita bandeja, assado e servido à meia-noite. Ainda não entendi por que nasci e morri tão rápido, se fiz algo errado a ponto de não poder crescer um pouco mais em um lugar que, onde vi, havia outros como eu, alguns bem gordos. Mal lembro da minha mãe, mas lembro que ela não podia se virar, cercada em um gradeado enquanto mamávamos. Talvez tenha sido azar, talvez tenha sido sorte.
Obrigado meu Deus, por eu poder ajudar tanta gente a usar um xampu que não irrite os olhos, uma maquiagem que não cause problemas, um produto qualquer a ser dado de presente neste Natal, que nunca vou saber direito, que atendeu os humanos em suas expectativas mais simples. Estive em um laboratório, cercado de pessoas de jaleco branco, durante tempo suficiente para saber que sou parte importante do progresso, que a Ciência evoluiu graças à minha dor, meu aprisionamento e tudo aquilo que os produtos geraram nos meus olhos e no meu corpo. Fico grato por ter ajudado.
Obrigado Maria, mãe de todas as mães que, zelosas como eu, dão leite a seus filhos durante anos, mesmo após o fim de sua amamentação natural. Minha vida neste estábulo, com úberes gigantes e doloridos, plugados em uma máquina, é o sacrifício que faço para a saúde humana. Não percebi, ainda, em minha mentalidade abaixo da humana, porque o leite de meus filhos vai para os filhos de outra espécie, e até quando já são adultos. Meu filhote não está mais ao alcance de minha vista, foi retirado cedo de meu lado, mas sei que o papel dele, como vitelo, ocupa espaço de respeito junto aos humanos. É alvo de muitos comentários e elogios. Pelo menos é o que imagino, pois o sacrifício é doloroso o suficiente para, respeitosamente, ousar questionar o porquê de minha existência. Mas agradeço mesmo assim, Papai Noel.
Obrigado pelas palmas cada vez que apareço no picadeiro. O olhar das crianças me faz esquecer a minha vida de tédio e imobilidade, viajando de cidade a cidade. Quem sabe um dia eu e os demais animais cheguemos ao lugar de onde viemos, que deverá ter muitas árvores, rios e espaços para correr. Enquanto isso, eu repito as manobras noite após noite, mostro os mesmos truques que, pela minha teimosia, eu custei a decorar. Quem sabe neste Natal eu ganhe uma última viagem, de volta ao habitat que jamais conheci em vida.
Obrigado Natal, por eu poder aquecer tanta gente elegante em momentos de frio. Nasci peludo tal como minha mãe, e como ela pude participar da indústria humana, essa coisa que traz tanto progresso, dando de bom grado minha própria pele para que maridos mostrem afeto à esposa, presenteando-as com belos casacos. Muita gente famosa e rica usa a pele que pode ter sido minha. Isso me enche de orgulho e faz valer o tempo que morei em uma gaiola pouco maior que meu próprio corpo. Já estava cansado de andar em círculos, lembrando dos bosques que um dia corri de cima a baixo. Mas um dia veio a dor que, por pior que tenha sido, me libertou finalmente. Ainda relutei alguns minutos, já sem pele, mas vi que a liberdade me abraçava e escurecia minhas vistas. Acho que valeu a pena, pois sou fotografado e até apareço na televisão, durante o inverno – pelo menos acredito que aquelas partes sejam minhas, cobrindo o corpo de pessoas tão bonitas e famosas. Obrigado aos responsáveis.
Obrigado a todos que vieram me assistir nesta arena. Ainda estou zonzo e ofuscado pela luz após dias de escuridão, mas já entendi que, aqui, eu sou a atração. Há um semelhante a mim, porém sem chifres e mais magro, e nele está montado um humano, com roupas garbosas e armas tão afiadas como as que já furaram tantos iguais a mim. Eu espero que tudo isto termine logo, pois o cansaço está vencendo a euforia, há tanto sangue que já não sei se é meu ou de alguém antes de mim, e está difícil fazer levantar a platéia tantas vezes. Que a morte venha me tocar com a mesma doçura da última vez que fui tocado pela minha mãe. Ela deve estar orgulhosa de um filho que resistiu até o fim, cercado de espadas, aplaudido, sangrando ajoelhado, língua de fora mas fazendo questão de participar do show até o fim. Acho que os aplausos são para mim, já que os olhares convergem para onde estou. E eu não sei onde estou.
Obrigado menino Jesus por ter nascido e feito seus iguais perceberem a necessidade de haver uma festa em seu nome, para redenção e paz, onde eu seria assado em espeto e saboreado por tantas pessoas felizes, sorridentes e em clima de fraternidade. Jamais imaginei que, sem saber falar, sem ter tido escolhas, seria eu o ponto central dos churrascos de final de ano de tantas empresas, entidades, famílias e grupos a confraternizar. Aguardei este momento sempre em espaços com arame farpado, tal como a coroa que um dia finalmente lhe puseram na cabeça, e usei argola no nariz para que um filho seu, fiel e devoto, me conduzisse para o lugar certo. Apanhei da vida, mas quem não apanhou? Sempre soube que uma vida de aperto, confinamento, marcação a ferro quente, castração a frio e morte sobre o concreto teriam um sentido maior. Obrigado por dar um norte a minha vida. Hoje, eu sou uma estrela.
(Por Marcio de Almeida Bueno)
http://vista-se.com.br/redesocial/o-agradecimento-dos-animais-pelo-natal-ou-hoje-eu-sou-uma-estrela/
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
A máquina que se alimenta da indiferença liga o turbo para o Mortal, digo, Natal
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Pouco me importa o invisível espírito natalino, a necessidade de demonstrar afeto via presente em data específica – antes ou depois disso, ‘não teria graça’, a lágrima que cai à meia-noite, os parentes e suas perguntas sobre como vai a vida, o abraço sincero de quem não se vê durante os demais 364 dias, o embrulho em papel laminado para parecer caro. É ligado o botão de turbo na grande máquina devoradora de almas e trituradora de animais nos meses que antecedem o Mortal, digo, o Natal. A isso se chama desenvolvimento, incremento no setor, geração de divisas, novas ofertas de emprego – mas quem diz é a grande Imprensa, amarrada voluntariamente e ajoelhada frente aos altares do sistema.
Empregos temporários significam chute na bunda pós-25 de dezembro, ao contrário do que os demagogos nos fazem acreditar, e ‘gerar renda’ significa que cada um de vocês, aí, recebeu a parte que lhes cabe desse grande bolo assado pelos donos dos empregados, digo, donos dos empregos. Porque a natureza que recebeu os dejetos da indústria, o lixo depositado nos caminhões, a fumaceira extra, e ainda forneceu água, madeira e milhões de vidas animais faz parte de um todo, e não é posse de ‘empresários do setor’.
Mas, pelo que me consta, todos correram para aproveitar as promoções, encararam filas e empurra-empurra para PAGAR pelo presente que vai lhes dar certeza de que gostam de quem deveriam gostar. Ou seja, alguns poucos raspam e peneiram os recursos naturais que pertencem a todos, e a grande maioria concorda em pagar para levar para casa uma bobagenzinha que antes não fazia falta. A única expressão permitida a estes últimos é apontar o ‘Empresário do Ano’, ‘Top of Mind’ ou similar, ou elegê-lo deputado, porque fala bem, é rico e usa gravata.
O turbo foi ligado há meses nessa máquina cruel que precisa abater mais vacas, porcos, frangos, perus e animais-zumbi como tender, chester e bruster. Ela se alimenta da indiferença. E as pessoas correm para sacar o 13º e comprar gasolina para abastecer a máquina.
Para os não humanos escolhidos como item correto de sacrifício no Natal, cabe o papel de engolirem a dor, pressão e morte para que as famílias felizes brindem durante algumas horas, e acordem com uma puta dor de cabeça no dia seguinte. Sim, uns sentem aquela dor que nos faz gritar, sentem o gosto amargo do pânico sem volta, e outros entram no transe do espírito natalino, com a neve falsa em pleno verão, Papai Noel com barba falsa, e cartões de ‘feliz Natal’ com toda a sinceridade do mundo.
O arame farpado segue dividindo os ‘racionais’ e os ‘irracionais’, e às vezes com um cruel glamour de fé, esperança, união e fraternidade. Com lágrima no olho, chapeuzinho de Papai Noel nos motoristas de ônibus e abraços sinceros de parentes.
Vanguarda Abolicionista
Marcio de Almeida Bueno
http://www.anda.jor.br/
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Pouco me importa o invisível espírito natalino, a necessidade de demonstrar afeto via presente em data específica – antes ou depois disso, ‘não teria graça’, a lágrima que cai à meia-noite, os parentes e suas perguntas sobre como vai a vida, o abraço sincero de quem não se vê durante os demais 364 dias, o embrulho em papel laminado para parecer caro. É ligado o botão de turbo na grande máquina devoradora de almas e trituradora de animais nos meses que antecedem o Mortal, digo, o Natal. A isso se chama desenvolvimento, incremento no setor, geração de divisas, novas ofertas de emprego – mas quem diz é a grande Imprensa, amarrada voluntariamente e ajoelhada frente aos altares do sistema.
Empregos temporários significam chute na bunda pós-25 de dezembro, ao contrário do que os demagogos nos fazem acreditar, e ‘gerar renda’ significa que cada um de vocês, aí, recebeu a parte que lhes cabe desse grande bolo assado pelos donos dos empregados, digo, donos dos empregos. Porque a natureza que recebeu os dejetos da indústria, o lixo depositado nos caminhões, a fumaceira extra, e ainda forneceu água, madeira e milhões de vidas animais faz parte de um todo, e não é posse de ‘empresários do setor’.
Mas, pelo que me consta, todos correram para aproveitar as promoções, encararam filas e empurra-empurra para PAGAR pelo presente que vai lhes dar certeza de que gostam de quem deveriam gostar. Ou seja, alguns poucos raspam e peneiram os recursos naturais que pertencem a todos, e a grande maioria concorda em pagar para levar para casa uma bobagenzinha que antes não fazia falta. A única expressão permitida a estes últimos é apontar o ‘Empresário do Ano’, ‘Top of Mind’ ou similar, ou elegê-lo deputado, porque fala bem, é rico e usa gravata.
O turbo foi ligado há meses nessa máquina cruel que precisa abater mais vacas, porcos, frangos, perus e animais-zumbi como tender, chester e bruster. Ela se alimenta da indiferença. E as pessoas correm para sacar o 13º e comprar gasolina para abastecer a máquina.
Para os não humanos escolhidos como item correto de sacrifício no Natal, cabe o papel de engolirem a dor, pressão e morte para que as famílias felizes brindem durante algumas horas, e acordem com uma puta dor de cabeça no dia seguinte. Sim, uns sentem aquela dor que nos faz gritar, sentem o gosto amargo do pânico sem volta, e outros entram no transe do espírito natalino, com a neve falsa em pleno verão, Papai Noel com barba falsa, e cartões de ‘feliz Natal’ com toda a sinceridade do mundo.
O arame farpado segue dividindo os ‘racionais’ e os ‘irracionais’, e às vezes com um cruel glamour de fé, esperança, união e fraternidade. Com lágrima no olho, chapeuzinho de Papai Noel nos motoristas de ônibus e abraços sinceros de parentes.
Vanguarda Abolicionista
Marcio de Almeida Bueno
http://www.anda.jor.br/
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domingo, 19 de dezembro de 2010
Porque cães não vivem tanto quanto as pessoas?
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Sou veterinário, e fui chamado para examinar um cão da raça Wolfhound Irlandês chamado Belker. Os proprietários do animal, Ron, sua esposa Lisa e seu garotinho Shane, eram todos muito ligados a Belker e esperavam por um milagre.
Examinei Belker e descobri que ele estava morrendo de câncer. Eu disse à família que não haveria milagres no caso de Belker, e me ofereci para proceder a eutanásia para o velho cão em sua casa. Enquanto fazíamos os arranjos, Ron e Lisa me contaram que estavam pensando se não seria bom deixar que Shane, de quatro anos de idade, observasse o procedimento. Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência.
No dia seguinte, eu senti o familiar "aperto na garganta" enquanto a família de Belker o rodeava. Shane, o menino, parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que eu imaginei se ele entendia o que estava se passando. Dentro de poucos minutos, Belker foi-se, pacificamente. O garotinho parecia aceitar a transição de Belker sem dificuldade ou confusão.
Nós nos sentamos juntos um pouco após a morte de Belker, pensando alto sobre o triste fato da vida dos animais serem mais curtas que as dos seres humanos. Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, saltou, "Eu sei porque." Abismados, nós nos voltamos para ele. O que saiu de sua boca me assombrou. Eu nunca ouvira uma explicação mais reconfortante.
Ele disse:
-- "As pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida, como amar todo mundo todo o tempo e ser bom, certo?"
o garoto de quatro anos continuou...
-- Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto, portanto não precisam ficar aqui por tanto tempo.
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Sou veterinário, e fui chamado para examinar um cão da raça Wolfhound Irlandês chamado Belker. Os proprietários do animal, Ron, sua esposa Lisa e seu garotinho Shane, eram todos muito ligados a Belker e esperavam por um milagre.
Examinei Belker e descobri que ele estava morrendo de câncer. Eu disse à família que não haveria milagres no caso de Belker, e me ofereci para proceder a eutanásia para o velho cão em sua casa. Enquanto fazíamos os arranjos, Ron e Lisa me contaram que estavam pensando se não seria bom deixar que Shane, de quatro anos de idade, observasse o procedimento. Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência.
No dia seguinte, eu senti o familiar "aperto na garganta" enquanto a família de Belker o rodeava. Shane, o menino, parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que eu imaginei se ele entendia o que estava se passando. Dentro de poucos minutos, Belker foi-se, pacificamente. O garotinho parecia aceitar a transição de Belker sem dificuldade ou confusão.
Nós nos sentamos juntos um pouco após a morte de Belker, pensando alto sobre o triste fato da vida dos animais serem mais curtas que as dos seres humanos. Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, saltou, "Eu sei porque." Abismados, nós nos voltamos para ele. O que saiu de sua boca me assombrou. Eu nunca ouvira uma explicação mais reconfortante.
Ele disse:
-- "As pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida, como amar todo mundo todo o tempo e ser bom, certo?"
o garoto de quatro anos continuou...
-- Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto, portanto não precisam ficar aqui por tanto tempo.
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
PAPO DE BOTECO
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CONVITE: Cumamuê Cinema Artístico
Tem o imenso prazer de convidá-lo para a primeira exibição pública do filme PAPO DE BOTECO, na Sala 1 do Espaço Unibanco de Cinema, situado à rua Augusta, 232, São Paulo, às 21h30 pontualmente da quinta-feira, dia 16 de dezembro de 2010.
Papo de Boteco - Brasil, SP, 2010, P&B, 83 minutos, ficção.
Direção: DIOMEDIO PISKATOR.
Roteiro e Diálogos: VALDIR MEDORI.
Diretor de Fotografia: TONY D’CIAMBRA.
Montagem e Finalização: CAIO POLESI.
Edição de Som e Mixagem: NANDO PAX.
Direção de Arte e Figurino: E.F. KOKOCHT.
Preparação do Elenco: EDUARDO SILVA.
Produção Executiva: MIHAELA REBREANU.
Produtora: CUMAMUÊ CINEMA ARTÍSTICO.
Elenco: ADERALDO MAIA, AILTON ROSA, AMANDA CABRAL, ANDRE PERSANT, ANGELICA DI PAULA, ANTONIO CARLOS DE NIGGRO, ARMANDO FILHO, ATILIO BARI, BENE SILVA, BIA CASTILHO, BRUNO GIORDANO, CRISTIAN NAZZETI, CRISTIANO OLIVEIRA, DELOURDES MORAES, DOUGLAS FRANCO, EDUARDO CHAGAS, EDUARDO SILVA, EDUARDO ZÁ, EMERSON GROTTI, ÊNIO GONÇALVES, FÁBIO PENNA, FABRICIO CAVALCANTI, F.E. KOKOCHT, FERNANDO FAGUERSTRHOM, GERALDO FERNANDES, GILBERTO GASPARETTO, GILDA VANDENBRANDE, HENRIQUE STROETER, HOMERO BARRETO, HOOVER VANM TOL, HUGO POSSOLO, IVAN CAPUA, JEANSEY GADINI, JERY DELMONDES, JOÃO SIGNORELLI, JOÃO ANGELLO, JOSE CARLOS FREYRIA, JOSÉ FERRO, LUCIANA CARUSO, LUCIANO BRANDÃO, MAÍRA CHASSERAUX, MARCIO BRODT, MARCELO FOFFÁ, MARCELO GÓES, MAURO PERSIL, MAURÍCIO STERCHELE, MIGUEL BATISTA, MURILO INFORSATO, NÍVIO DIEGUES, OSVALDO GONÇALVES, PAULO FABIANO, PAULO MAEDA, PEDRO GUIMARÃES, RAQUEL ARAUJO, RICHARD LOURENÇO, RITA LOPES, ROBERTO NOGUEIRA, RODOLFO VALENTINO, ROGERIO COSTA, TADEU MENEZES, TATO WELLINGTON, TEREZA DIONE, THIERY MACIEL, VANILSON FERREIRA, VITO ROTONDO, WILSON SAMPSON.
Sinopse: A cidade de São Paulo por um olhar bastante peculiar: a conversa no botequim. É no bar que as pessoas expõem todas as suas mais secretas idéias, registram fatos, mostram indignação, divertem-se (e muito!), criam uma nova forma de ser e viver nesse caos, sem a menor preocupação em ser sério, sem a menor preocupação em estar certo. Em um mosaico de diálogos travados por pessoas das mais variadas classes e modos de ser, vemos uma série de pequenas estórias cotidianas que ilustram a amplitude de diferenças harmônicas que há em uma grande cidade. Entre um copo e outro de cerveja, vemos alunas de cinema criando um novo filme genial; piadas infames contadas a beira do balcão; divertidos problemas familiares, picuinhas no trabalho e muita conversa fiada, daquelas que o assunto surge depois de um longo gole. Uma gostosa happy hour onde a saideira é sempre a penúltima.
PERFIL FÍLMICO DO REALIZADOR: Diomedio Piskator iniciou suas atividades na última geração dos festivais de Super 8mm, no final da década de 1970, realizando alguns trabalhos curtos nesta bitola. Paralelamente, desenvolveu atividades no cineclubismo, enquanto aprendia cinema no Curso de Formação Cinematográfica, coordenado por Denoy de Oliveira. Com Abrão Berman, estudou no Grupo de Realizadores Independentes de Filme Experimenta (Grife). Na década de 1980, fez experimentos filmando nas bitolas Super 8mm, 16mm e 35mm. Dirigiu Urubuzão Humano (1996), seu primeiro filme de longa metragem em 35mm, baseado nos quadrinhos de Shimamoto; Kuatro Paulicéias (2004), Fetos Lívidos (2007), ambos de ficção. Realizou os documentários experimentais As Aventuras Aristídicas de um Curiapebano em Mauá (2006), Corações Anônimos (2007), Caminhos do Cineclubismo (2008), Non Ducor Duco (2009), Belos Horizontes da Jornada (2009), A Praça (2010), Zé da Ilha, o ator fiscal de filmes (2010), Um Filme com Benê Silva (2010), Ao Redor do Centro (2010), entre outros. Seus filmes são independentes, sobretudo experimentais, e, circulam no circuito alternativo de exibição.
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CONVITE: Cumamuê Cinema Artístico
Tem o imenso prazer de convidá-lo para a primeira exibição pública do filme PAPO DE BOTECO, na Sala 1 do Espaço Unibanco de Cinema, situado à rua Augusta, 232, São Paulo, às 21h30 pontualmente da quinta-feira, dia 16 de dezembro de 2010.
Papo de Boteco - Brasil, SP, 2010, P&B, 83 minutos, ficção.
Direção: DIOMEDIO PISKATOR.
Roteiro e Diálogos: VALDIR MEDORI.
Diretor de Fotografia: TONY D’CIAMBRA.
Montagem e Finalização: CAIO POLESI.
Edição de Som e Mixagem: NANDO PAX.
Direção de Arte e Figurino: E.F. KOKOCHT.
Preparação do Elenco: EDUARDO SILVA.
Produção Executiva: MIHAELA REBREANU.
Produtora: CUMAMUÊ CINEMA ARTÍSTICO.
Elenco: ADERALDO MAIA, AILTON ROSA, AMANDA CABRAL, ANDRE PERSANT, ANGELICA DI PAULA, ANTONIO CARLOS DE NIGGRO, ARMANDO FILHO, ATILIO BARI, BENE SILVA, BIA CASTILHO, BRUNO GIORDANO, CRISTIAN NAZZETI, CRISTIANO OLIVEIRA, DELOURDES MORAES, DOUGLAS FRANCO, EDUARDO CHAGAS, EDUARDO SILVA, EDUARDO ZÁ, EMERSON GROTTI, ÊNIO GONÇALVES, FÁBIO PENNA, FABRICIO CAVALCANTI, F.E. KOKOCHT, FERNANDO FAGUERSTRHOM, GERALDO FERNANDES, GILBERTO GASPARETTO, GILDA VANDENBRANDE, HENRIQUE STROETER, HOMERO BARRETO, HOOVER VANM TOL, HUGO POSSOLO, IVAN CAPUA, JEANSEY GADINI, JERY DELMONDES, JOÃO SIGNORELLI, JOÃO ANGELLO, JOSE CARLOS FREYRIA, JOSÉ FERRO, LUCIANA CARUSO, LUCIANO BRANDÃO, MAÍRA CHASSERAUX, MARCIO BRODT, MARCELO FOFFÁ, MARCELO GÓES, MAURO PERSIL, MAURÍCIO STERCHELE, MIGUEL BATISTA, MURILO INFORSATO, NÍVIO DIEGUES, OSVALDO GONÇALVES, PAULO FABIANO, PAULO MAEDA, PEDRO GUIMARÃES, RAQUEL ARAUJO, RICHARD LOURENÇO, RITA LOPES, ROBERTO NOGUEIRA, RODOLFO VALENTINO, ROGERIO COSTA, TADEU MENEZES, TATO WELLINGTON, TEREZA DIONE, THIERY MACIEL, VANILSON FERREIRA, VITO ROTONDO, WILSON SAMPSON.
Sinopse: A cidade de São Paulo por um olhar bastante peculiar: a conversa no botequim. É no bar que as pessoas expõem todas as suas mais secretas idéias, registram fatos, mostram indignação, divertem-se (e muito!), criam uma nova forma de ser e viver nesse caos, sem a menor preocupação em ser sério, sem a menor preocupação em estar certo. Em um mosaico de diálogos travados por pessoas das mais variadas classes e modos de ser, vemos uma série de pequenas estórias cotidianas que ilustram a amplitude de diferenças harmônicas que há em uma grande cidade. Entre um copo e outro de cerveja, vemos alunas de cinema criando um novo filme genial; piadas infames contadas a beira do balcão; divertidos problemas familiares, picuinhas no trabalho e muita conversa fiada, daquelas que o assunto surge depois de um longo gole. Uma gostosa happy hour onde a saideira é sempre a penúltima.
PERFIL FÍLMICO DO REALIZADOR: Diomedio Piskator iniciou suas atividades na última geração dos festivais de Super 8mm, no final da década de 1970, realizando alguns trabalhos curtos nesta bitola. Paralelamente, desenvolveu atividades no cineclubismo, enquanto aprendia cinema no Curso de Formação Cinematográfica, coordenado por Denoy de Oliveira. Com Abrão Berman, estudou no Grupo de Realizadores Independentes de Filme Experimenta (Grife). Na década de 1980, fez experimentos filmando nas bitolas Super 8mm, 16mm e 35mm. Dirigiu Urubuzão Humano (1996), seu primeiro filme de longa metragem em 35mm, baseado nos quadrinhos de Shimamoto; Kuatro Paulicéias (2004), Fetos Lívidos (2007), ambos de ficção. Realizou os documentários experimentais As Aventuras Aristídicas de um Curiapebano em Mauá (2006), Corações Anônimos (2007), Caminhos do Cineclubismo (2008), Non Ducor Duco (2009), Belos Horizontes da Jornada (2009), A Praça (2010), Zé da Ilha, o ator fiscal de filmes (2010), Um Filme com Benê Silva (2010), Ao Redor do Centro (2010), entre outros. Seus filmes são independentes, sobretudo experimentais, e, circulam no circuito alternativo de exibição.
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sábado, 11 de dezembro de 2010
Heroísmo Canino – Cachorro para trânsito para salvar amigo ferido
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O Sentimento animal no centro de São Joaquim
O trânsito na Rua Manoel Joaquim Pinto foi parado em São Joaquim por um cachorro que num ato de heroísmo salvou um cão ferido que se encontrava no meio da rua. Possivelmente o cão ferido foi atropelado e ficou deitado no meio da rua central.
O cachorro heróico parava o trânsito até o outro cãozinho se recompor do ferimento e sair da estrada.
Um verdadeiro ato de heroísmo no mundo canino!
(Redação São Joaquim Online)
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O Sentimento animal no centro de São Joaquim
O trânsito na Rua Manoel Joaquim Pinto foi parado em São Joaquim por um cachorro que num ato de heroísmo salvou um cão ferido que se encontrava no meio da rua. Possivelmente o cão ferido foi atropelado e ficou deitado no meio da rua central.
O cachorro heróico parava o trânsito até o outro cãozinho se recompor do ferimento e sair da estrada.
Um verdadeiro ato de heroísmo no mundo canino!
(Redação São Joaquim Online)
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Reflexões Carl Sagan
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No dia 14 de fevereiro de 1990, tendo completado sua missão primordial, foi enviado um comando a Voyager I p/ se virar e tirar fotografias dos planetas que havia visitado. A NASA havia feito uma compilação de cerca de 60 imagens criando neste evento único um mosaico do Sistema Solar. Uma imagem que retornou da Voyager era a Terra, a 6,4 bilhões de quilômetros de distância, mostrando-a como um "pálido ponto azul" na granulada imagem.
Sagan disse que a famosa fotografia tirada da missão Apollo 8, mostrando a Terra acima da Lua, forçou os humanos a olharem a Terra como somente uma parte do universo. No espírito desta realização, Sagan disse que pediu para que a Voyager tirasse uma fotografia da Terra do ponto favorável que se encontrava nos confins do Sistema Solar.
Numa conferência em 11 de Maio de 1996, Sagan falou dos seus pensamentos sobre a histórica fotografia:
Olhem de novo para esse ponto. Isso é cá, isso é a nossa casa, isso somos nós. Nele, todos a quem amam, todos a quem conhecem, qualquer um do quem escutaram falar, cada ser humano que existiu, viveram as suas vidas. O agregado da nossa alegria e nosso sofrimento, milheiros de religiões autênticas, ideologias e doutrinas económicas, cada caçador e colheitador, cada heroi e covarde, cada criador e destrutor de civilização, cada rei e camponês, cada casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada mestre de ética, cada político corrupto, cada superestrela, cada líder supremo, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu aí, num grão de pó suspenso num raio de sol.
A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pensai nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, vieram eles ser amos momentâneos duma fração desse ponto. Pensai nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores dum canto deste pixel aos quase indistinguíveis moradores dalgum outro canto, quão frequentes as suas incompreensões, quão ávidos de se matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.
As nossas exageradas atitudes, a nossa suposta auto-importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são reptadas por este pontinho de luz frouxa. O nosso planeta é um grão solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de algures para nos salvar de nós próprios.
A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que alberga a vida. Não há mais algum, pelo menos no próximo futuro, onde a nossa espécie puder emigrar. Visitar, pôde. Assentar-se, ainda não. Gostarmos ou não, por enquanto, a Terra é onde temos de ficar.
Tem-se falado da astronomia como uma experiência criadora de firmeza e humildade. Não há, talvez, melhor demonstração das tolas e vãs soberbas humanas do que esta distante imagem do nosso miúdo mundo. Para mim, acentua a nossa responsabilidade para nos portar mais amavelmente uns para com os outros, e para protegermos e acarinharmos o ponto azul pálido, o único lar que tenhamos conhecido.
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No dia 14 de fevereiro de 1990, tendo completado sua missão primordial, foi enviado um comando a Voyager I p/ se virar e tirar fotografias dos planetas que havia visitado. A NASA havia feito uma compilação de cerca de 60 imagens criando neste evento único um mosaico do Sistema Solar. Uma imagem que retornou da Voyager era a Terra, a 6,4 bilhões de quilômetros de distância, mostrando-a como um "pálido ponto azul" na granulada imagem.
Sagan disse que a famosa fotografia tirada da missão Apollo 8, mostrando a Terra acima da Lua, forçou os humanos a olharem a Terra como somente uma parte do universo. No espírito desta realização, Sagan disse que pediu para que a Voyager tirasse uma fotografia da Terra do ponto favorável que se encontrava nos confins do Sistema Solar.
Numa conferência em 11 de Maio de 1996, Sagan falou dos seus pensamentos sobre a histórica fotografia:
Olhem de novo para esse ponto. Isso é cá, isso é a nossa casa, isso somos nós. Nele, todos a quem amam, todos a quem conhecem, qualquer um do quem escutaram falar, cada ser humano que existiu, viveram as suas vidas. O agregado da nossa alegria e nosso sofrimento, milheiros de religiões autênticas, ideologias e doutrinas económicas, cada caçador e colheitador, cada heroi e covarde, cada criador e destrutor de civilização, cada rei e camponês, cada casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada mestre de ética, cada político corrupto, cada superestrela, cada líder supremo, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu aí, num grão de pó suspenso num raio de sol.
A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pensai nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, vieram eles ser amos momentâneos duma fração desse ponto. Pensai nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores dum canto deste pixel aos quase indistinguíveis moradores dalgum outro canto, quão frequentes as suas incompreensões, quão ávidos de se matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.
As nossas exageradas atitudes, a nossa suposta auto-importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são reptadas por este pontinho de luz frouxa. O nosso planeta é um grão solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de algures para nos salvar de nós próprios.
A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que alberga a vida. Não há mais algum, pelo menos no próximo futuro, onde a nossa espécie puder emigrar. Visitar, pôde. Assentar-se, ainda não. Gostarmos ou não, por enquanto, a Terra é onde temos de ficar.
Tem-se falado da astronomia como uma experiência criadora de firmeza e humildade. Não há, talvez, melhor demonstração das tolas e vãs soberbas humanas do que esta distante imagem do nosso miúdo mundo. Para mim, acentua a nossa responsabilidade para nos portar mais amavelmente uns para com os outros, e para protegermos e acarinharmos o ponto azul pálido, o único lar que tenhamos conhecido.
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